Publicado em: 06/02/2019 às 11:22hs
O mercado da soja opera com estabilidade nesta manhã de quarta-feira (6). As cotações, por volta de 9h30 (horário de Brasília), trabalhavam com pequenas baixas de 0,25 ponto e somente nas posições mais distantes. Nesse cenário, o março trabalhava com US$ 9,20 e o maio com US$ 9,34 por bushel.
As cotações ainda refletem a cautela dos traders e a espera por novas informações que possam estimulá-las, enfim. No final da semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo boletim mensal de oferta e demanda e, depois de um janeiro sem estes dados, o mercado espera por eles agora em fevereiro para definirem uma melhor posição. Até lá, todos permanecem na defensiva.
Da mesma forma, mas com menos intensidade, segue o acompanhamento do desenvolvimento e conclusão da safra da América do Sul, tal qual da guerra comercial entre China e Estados Unidos. E em ambos os casos também não há novas informações que possam mudar o contexto dos preços.
"Novas compras de até 1 MT da soja-EUA deverá ser adicionada pela China nas próximas 24 horas. No Brasil, a colheita avança e as perdas de produção na soja são contabilizadas, entretanto, o total estimado da produção na América do Sul ainda é elevado, limitando os efeitos no mercado", acreditam analistas de mercado da ARC Mercosul.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Soja fecha com leve alta nesta 3ª em Chicago e efeito das compras da China é amenizado
O mercado da soja na Bolsa de Chicago testou, durante toda esta terça-feira (5), os dois lados da tabela, mas ainda com variações bastante tímidas, para terminar o dia subindo levemente entre os contratos mais negociados. Os ganhos das posições principais foram de 1,75 a 2,50 pontos, com o março/19 fechando em US$ 9,20 e o maio/19 com US$ 9,34 por bushel.
Nem mesmo a notícia confirmada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de uma nova venda de soja de mais de 2,6 milhões de toneladas para a China foi incapaz de estimular um movimento mais intenso do mercado. E esse foi o segundo reporte da semana.
Os reportes de novas vendas vêm acontecendo mesmo com o feriado do Ano Novo Lunar na China em andamento. Este é o mais longo e mais importante feriado do país asiático, em que tradicionalmente os mercados ficam fechados e os negócios caminham em ritmo mais lento.
Essas compras já vinham sendo esperadas e especuladas pelo mercado e o que os traders esperam, portanto, efetivamente, são as notícias de um acordo firmado entre os dois países.
Como explicou o diretor da Cerealpar em entrevista ao Notícias Agrícolas, "a direção do mercado está nas mãos da China neste momento", e os traders, diante das incertezas que ainda rondam o mercado, vão esperar por essas notícias que sinalizem a mudança ou reequilíbrio do comércio global de soja.
Além disso, a cautela também permanece entre os traders na CBOT à espera do novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA traz na sexta-feira, dia 8. Depois de não receber os dados de janeiro, o mercado está com as atenções redobradas em cima desse relatório, à espera de alguma novidade.
"As vendas (para a China) já eram esperadas, e agora esperamos por novidades no reporte de sexta", disse o presidente da U.S. Commodities, Don Roose, à Reuters Internacional.
Preços no Brasil
No Brasil, os preços tiveram mais um dia fraco nos portos, com variações pontuais e os negócios ainda bastante limitados. Em Rio Grande, a soja disponível fechou com R$ 74,80 por saca, enquanto o mês seguinte foi a R$ 75,50, ambos estáveis. Em Paranaguá, estabilidade também no spot, em R$ 75,50, e alta de 0,52% para março, que fechou com R$ 76,10.
Fonte: Notícias Agrícolas
◄ Leia outras notícias