Soja

Semana começa com a soja pressionada em Chicago pela falta de novidades positivas nesta 2ª

A semama começa com baixas significativas para os preços da soja na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (25)


Publicado em: 25/06/2018 às 10:10hs

Semana começa com a soja pressionada em Chicago pela falta de novidades positivas nesta 2ª

A semama começa com baixas significativas para os preços da soja na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (25). Os futuros da commodity, por volta de 7h0h (horário de Brasília), perdiam entre 9,25 e 10 pontos nos principais contratos, com o julho/18 que segue como a posição mais negcoiada - valendo US$ 8,85 por bushel. Apenas o novembro/18 conseguia manter ainda o patamar dos US$ 9,00.

Não há grandes novidades neste mercado, porém, esse tem sido um dos principais fatores de pressão sobre as cotações. Os traders seguem cautelosos diante da guerra comercial entre chineses e americanos e frente ainda à falta de notícias sobre um possível acordo entre as duas nações.

As tarifações impostas por Donald Trump deverão começar a vigorar a partir do dia 6 próximo e a soja americana, nas mãos da China, funciona como um dos principais instrumentos de retaliação. Assim, a sinalização de uma possível demanda menor da China nos EUA mantém o mercado pressionado na CBOT.

Como se não bastasse, os preços da soja - assim como os do milho negociados no mercado futuro norte-americano - também são limitados por condições de clima bastante adequadas no Corn Belt até agora. Um cenário de tempo quente e úmido tem mantido um bom ritmo de desenvolvimento das lavouras. Um ponto que chama mais atenção agora, no entanto, ainda sem trazer ameaças, é o excesso de umidade em algumas regiões produtoras, como explicam analistas ouvidos pela Reuters internacional.

Hoje, ao final da tarde e pós fechamento de mercado em Chicago, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu reporte semanal de acompanhamento de safras com as condições das lavouras americanas. O boletim anterior trazia mais de 70% dos campos de soja em bom ou excelente estado. A expectativa para esta segunda é de que os índices venham mantidos nos 73%.

No radar dos players está ainda a divulgação de dois outros relatórios do USDA ainda nesta semana. No dia 29, sexta-feira, chegam números atualizados dos estoques trimestrais de grãos dos EUA e da área plantada da safra 2018/19. "E os traders buscam um bom posicionamento antes da chegada desses reportes", diz a Allendale, inc.

Complementando o quadro de informações para a formação dos preços da oleaginosa nesta segunda-feira há também a atualização dos embarques semanais norte-americanos e a movimentação do dólar. No cenário externo, a moeda americana seguia avançando frente a uma cesta das principais divisas internacionais e batia em sua máxima em 11 meses.

Veja como fechou o mercado na última semana:

Soja: Mercado brasileiro busca retomada nos prêmios e nos repiques da Bolsa de Chicago

Essa foi mais uma semana de pressão sobre os preços da soja na Bolsa de Chicago. No saldo semanal, as baixas foram de pouco de 1% entre os contratos mais negociados, apesar das altas de mais de 10 pontos registradas no fechamento do pregão desta sexta-feira (22), e apenas o vencimento julho/18 ficou abaixo dos US$ 9,90 por bushel, terminando os negócios em US$ 8,94.

O principal fator de pressão para as cotações continuou a ser a disputa comercial entre China e Estados Unidos e a soja estando no centro das tensões entre as duas maiores economias do mundo. As tarifações impostas por Donald Trump, afinal, estão prestes a serem efetivadas e a retaliação da nação asiática não deve demorar a acontecer.

"A efetivação dessas barreiras tarifárias no dia 6 de julho irá colocar uma nova pressão sobre os preços da soja. No entanto, lembramos que qualquer possibilidade de reabertura das negociações entre EUA e China irá colocar uma forte tendência de alta nos curtos prazos", explica o analista de mercado Matheus Pereira, da AgResource Mercosul (ARC).

Mercado Internacional x Preços no Brasil

O executivo, no entanto, lembra que, em ambos os casos o mercado da soja será favorecido no longo prazo. "Por um lado, os prêmios de exportação se elevariam a níveis recorde, pelo outro, o mercado doméstico do Brasil iria reagir as altas dos preços na CBOT", completa.

O mercado interno, porém, ainda sofre com o travamento da questão dos fretes e da incerteza de um acordo entre as entidades envolvidas na questão do tabelamento. Nesse cenário, novos negócios ainda são bastante escassos - apesar de uma considerável elevação dos prêmios nos portos brasileiros que já começa a acontecer.

Durante esta semana, após uma audiência, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu mais uma semana para que as instituições cheguem a um denominador comum, e, depois disso, analistas e consultores de mercado acreditam em uma retomada do fluxo normal dos negócios.

Ainda nesta sexta-feira, a maior parte das praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas segue sem referência de preço por conta do entrave logístico que conturbou o andamento do escoamento da soja Brasil a fora. Algumas altas, porém, foram registradas por conta do bom avanço dos futuros da oleaginosa em Chicago.

Em Castro/PR, alta de 1,20% para R$ 84,00 por saca; de 0,84% em Rondonópolis/MT para R$ 71,70 e de 1,44% para R$ 70,50 em Alto Garças/MT.

No porto de Paranaguá, os preços se mantiveram. A soja disponível ficou em R$ 83,00 por saca e em R$ 81,00 no mercado futuro. Em Rio Grande, ganho de 0,60% no disponível e de 0,59% para julho/18, com indicativos em, respectivamente, R$ 84,50 e R$ 85,00 por saca.

Dólar

Nesta sexta, o dólar fechou em alta, mais uma vez, e ficou em R$ 3,7381, com ganho de 0,53%. O ganho semanal foi de 1,42%. A semana foi volátil para a divisa norte-americana e o mercado cambial sentiu mais intervenções do Banco Central.

"O mercado está cauteloso... sensível. Então, qualquer notícia incomoda e o mercado se junta para puxar", afirmou o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado à agência de notícias Reuters.

Fonte: Notícias Agrícolas

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