Após quatro sessões consecutivas de valorização, os preços futuros da soja abriram em baixa nesta sexta-feira (25) na Bolsa de Chicago (CBOT). Às 7h47 (horário de Brasília), os contratos apresentavam recuos entre 9,25 e 7,00 pontos. O contrato de vencimento para novembro de 2024 caiu 9,25 pontos, sendo negociado a US$ 9,87 por bushel. O contrato para janeiro de 2025 registrou queda de 8,25 pontos, cotado a US$ 9,96 por bushel. Já os vencimentos de março e maio de 2025 estavam em baixa de 7,00 pontos, cotados a US$ 10,09 e US$ 10,23 por bushel, respectivamente.

Conforme reportado pela Reuters, embora os preços tenham caído nesta sexta-feira, o mercado caminha para o primeiro ganho semanal em um mês. “As vendas líquidas de soja das safras anterior e atual atingiram uma alta de oito semanas, com um volume de 2.151.743 toneladas, segundo dados divulgados. No entanto, a grande oferta global e a incerteza sobre os desdobramentos da eleição presidencial nos EUA têm limitado os preços, segundo analistas,” informou a agência.

A evolução da safra na América Latina também segue no radar do mercado. Na Argentina, as chuvas recentes nas regiões agrícolas devem persistir em novembro, garantindo condições adequadas para o plantio de soja e milho, conforme indicado por um meteorologista à Reuters.

Dados da Agrifatto Consultoria mostram que, apesar da forte valorização do óleo de soja em Chicago e das boas vendas semanais reportadas pelo USDA, a desvalorização do farelo de soja tem pressionado as cotações do grão, com previsões de volumes de chuva favoráveis em importantes regiões brasileiras no curto prazo.

Ainda segundo a Agrifatto, os preços da soja no mercado físico brasileiro permaneceram firmes, apoiados pela valorização do dólar frente ao real e pelos prêmios de exportação. Em Paranaguá, Paraná, a saca de soja foi negociada a R$ 144,28 na quinta-feira.