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Safra 2025/26: tecnologias integradas impulsionam agricultura regenerativa e competitividade no campo

Produtores de estados como Paraná e Mato Grosso adotam práticas regenerativas e inovação tecnológica, fortalecendo solos e preparando o agronegócio brasileiro para desafios climáticos e de mercado


Publicado em: 09/10/2025 às 14:30hs

Safra 2025/26: tecnologias integradas impulsionam agricultura regenerativa e competitividade no campo

A safra 2025/26 avança a todo vapor em estados como Paraná e Mato Grosso, com máquinas já ocupando grande parte das lavouras. Mais do que produtividade imediata, os produtores estão investindo em práticas que fortalecem a resiliência do solo e preparam o agronegócio brasileiro para os desafios climáticos e mercadológicos do futuro.

Agricultura regenerativa como estratégia para enfrentar desafios climáticos

A agricultura moderna enfrenta obstáculos que vão além de produtividade e manejo nutricional. Estresses abióticos — como altas temperaturas, déficit hídrico e eventos climáticos extremos — já impactam mais a produção brasileira do que problemas sanitários e nutricionais, segundo estudo publicado na revista Nature.

Para superar esses desafios, especialistas defendem a integração de tecnologias e processos que regenerem o solo e aumentem a sustentabilidade dos sistemas produtivos.

Sinergia de fatores determina o desenvolvimento das plantas

O engenheiro agrônomo Paulo D’Andrea, consultor técnico da Allterra, explica que a agricultura regenerativa depende da interação entre fatores físicos, biológicos, genéticos, químicos e energéticos. “Cada fator pode ser potencializado por tecnologias específicas, mas é a sinergia entre eles que sustenta a produção sustentável”, afirma.

Segundo referências clássicas de Buckman & Brady e J. Janic, a contribuição de cada fator para o desenvolvimento vegetal é:

  • 55% Fator Físico: cobertura de solo, plantio direto, bioestruturação, rotação de culturas e irrigação.
  • 30% Fator Biológico: repositores e ativadores do microbioma, inoculantes e biodefensivos.
  • 8% Fator Genético: biotecnologia e melhoramento genético.
  • 6% Fator Químico: fertilizantes minerais, corretivos, fertilizantes especiais, biofertilizantes e remineralizadores.
  • 1% Fator Energético: zoneamento agroclimático e eficiência ambiental.
Tecnologias que geram efeito sinérgico no campo

Um exemplo de integração é o uso do Microgeo®, tecnologia que recupera o microbioma e aumenta a biodiversidade microbiana do solo, associado aos fertilizantes especiais da TMF Fertilizantes, que fornecem cálcio, magnésio e micronutrientes essenciais.

Isoladamente, cada tecnologia traz ganhos relevantes; juntas, promovem aumento da eficiência nutricional, fortalecimento do solo em profundidade e mitigação de perdas por estresses bióticos e abióticos.

Conceito One Health Microbiome: saúde do solo, plantas e sociedade

Outro princípio chave é o One Health Microbiome, que conecta a saúde do solo à saúde das plantas, dos animais e dos seres humanos. A perda de biodiversidade causada por monocultivos afeta não apenas a produtividade, mas também a qualidade nutricional dos alimentos e a sustentabilidade ambiental.

“Repor a vida no solo é essencial. Os microrganismos contribuem para bioestruturação, ciclagem e solubilização de nutrientes, defesa natural das plantas e estabilidade do ecossistema agrícola. Isso se traduz em alimentos mais equilibrados e em uma agricultura que dialoga com a saúde das pessoas”, reforça D’Andrea.

Fonte: Portal do Agronegócio

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