A colheita da safra de soja na região Norte de Mato Grosso está atrasa 14,7 pontos percentuais (p.p.) em relação ao último ciclo, já que apenas 28,3% dos pouco mais de 143,5 mil hectares cultivados foram colhidos. A constatação é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que aponta ainda atraso de 0,6 p.p. no Médio-Norte, onde as colheitadeiras passaram por 51,4% dos 2,9 milhões de hectares. Uma das explicações é o excesso de chuva que cai nas duas regiões e tem prejudicado o trabalho das colheitadeiras. Em Sorriso, por exemplo, algumas chegaram atolar.

De um modo geral, no Estado, os trabalhos chegam 47% (4,4 p.p. à frente da última safra) dos 8,2 milhões de hectares, sendo esperadas 25 milhões de toneladas. Nas demais regiões a análise do Imea aponta que os trabalhos estão avançados em relação a última safra. O Oeste é o mais adiantado com 62% pouco mais de 1 milhão de hectares. Já no Noroeste os trabalhos atingem 55,6% dos 535 mil hectares; no Sudeste 48,3% dos 1,7 milhão de hectares; Centro-Sul 39,7% dos 614,5 mil hectares e Nordesnte, 21,2% dos 1,2 milhão de hectares.

Em relação aos preços, conforme o instituto, no mercado interno mato-grossense, os valores da saca de soja praticados entre os dias 17 a 21, apresentaram-se relativamente estáveis, ora favorecidos ou desfavorecidos pelas cotações de Chicago e do dólar. A média semanal de preços no Estado foi de R$ 54,00/sc.

Já em relação ao preço futuro, com o feriado na segunda-feira passad, houve apenas quatro dias de pregão em Chicago. “Porém, foram suficientes para fechar a semana com uma elevação de mais de 33 pontos, cotado a US$ 13,17/bushel. Mesmo com expectativas de elevação na área semeada da próxima temporada nos EUA, o preço se elevou, focado no clima instável da América do Sul”.