Soja

Recuperação do Mercado da Soja em Chicago Após Queda Acentuada

Influência da baixa nos preços do petróleo e expectativas em relação ao USDA guiam os negócios na Bolsa


Publicado em: 09/10/2024 às 11:10hs

Recuperação do Mercado da Soja em Chicago Após Queda Acentuada

Na manhã desta quarta-feira (9), o mercado da soja apresentou uma leve recuperação após as perdas significativas registradas na sessão anterior, operando em campo positivo na Bolsa de Chicago. Às 6h25 (horário de Brasília), os contratos futuros da commodity exibiam uma alta entre 5,50 e 6,25 pontos, com o vencimento de novembro cotado a US$ 10,21 e o de maio a US$ 10,70 por bushel.

Os derivados da soja também acompanharam a tendência de alta, com ganhos superiores a 0,5% no óleo e de 0,6% no farelo. O complexo da soja, assim como os mercados de milho e trigo, ajustam-se após as quedas acentuadas da sessão anterior, que foram influenciadas pela desvalorização de mais de 4% do petróleo. Os preços do brent e do WTI sofreram recuos significativos em meio a especulações sobre a possibilidade de um cessar-fogo entre o Hezbollah e Israel. Embora tais informações tenham impactado o mercado de forma intensa, sua veracidade ainda não foi confirmada.

Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group, afirmou à Reuters Internacional: "A notícia de que o Hezbollah está aberto a um cessar-fogo é do tipo que provoca reações imediatas no mercado. É esperado que haja muita volatilidade, tanto para cima quanto para baixo, em decorrência desse conflito."

Diante desse cenário, os mercados mostraram sinais de recuperação, ainda focados nas tensões do Oriente Médio, mas também considerando os fundamentos subjacentes. As posições mais negociadas testaram ganhos modestos de 0,7%, proporcionando suporte a outras commodities, incluindo as do complexo soja.

Nesta semana, os traders estão ajustando suas operações em antecipação ao novo boletim mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta-feira. Além disso, os investidores mantêm a atenção nas condições climáticas no Brasil, onde o plantio está atrasado, o que compromete o ritmo da comercialização. No estado de Mato Grosso, o principal produtor brasileiro, apenas pouco mais de 2% da área prevista para a safra 2024/25 foi semeada até o momento.

Fonte: Portal do Agronegócio

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