Publicado em: 24/10/2024 às 11:30hs
Apesar do início mais lento no plantio da soja na região de Bagé, no Rio Grande do Sul, os produtores continuam otimistas com o avanço recente das atividades. Segundo Guilherme Zorzi, engenheiro agrônomo da Emater, em entrevista à Safras News, antes da chuva registrada na última terça-feira (22), houve um período de oito dias de clima favorável, o que possibilitou a continuidade dos trabalhos no campo.
"Na Fronteira Oeste, municípios como Manoel Viana e São Borja já deram início ao plantio, com taxas variando entre 2% e 15%. Embora o estágio seja inicial, é um ritmo esperado para a segunda quinzena de outubro", explicou Zorzi.
O agrônomo destacou que as condições são ideais, com umidade adequada no solo para a germinação das sementes, além de temperaturas favoráveis. A área prevista para a semeadura é de 1,121 milhão de hectares. "O plantio está dentro do cronograma, sem atrasos relevantes, e a expectativa é que mais áreas sejam semeadas nos próximos dias, conforme as condições climáticas permitam", acrescentou.
A colheita do trigo na região foi interrompida devido ao excesso de chuvas nas últimas semanas. De acordo com Zorzi, o excesso de umidade nos últimos 40 dias, especialmente durante a fase final de enchimento dos grãos e maturação, afetou as lavouras da Fronteira Oeste.
"Isso ocasionou o surgimento de doenças nos grãos, comprometendo a qualidade, reduzindo a produtividade e impactando negativamente os preços de venda em relação às expectativas iniciais", relatou o agrônomo.
As lavouras semeadas entre maio e junho já estão sendo colhidas, enquanto aquelas plantadas em julho ainda estão na fase de enchimento de grãos e devem ser colhidas no próximo mês. "Há a possibilidade de que algumas lavouras plantadas mais tardiamente só sejam colhidas em dezembro", concluiu Zorzi.
Fonte: Portal do Agronegócio
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