Soja

Produção de soja da Ucrânia deve cair 31% em 2025/26, aponta USDA

Área plantada de oleaginosa encolhe e exportações sofrem com novas tarifas aprovadas pelo Parlamento ucraniano


Publicado em: 04/09/2025 às 11:25hs

Produção de soja da Ucrânia deve cair 31% em 2025/26, aponta USDA
Foto: CNA

A produção de soja na Ucrânia deve registrar uma queda expressiva no ciclo 2025/26, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (2) pelo adido agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A estimativa aponta para 4,9 milhões de toneladas, retração de 31% em relação ao ciclo anterior.

Redução de área plantada afeta a produção de soja

De acordo com o USDA, a queda está diretamente ligada à redução de 24% na área destinada ao cultivo da oleaginosa, que deve somar 2,1 milhões de hectares. O movimento é resultado da migração de terras para o milho, cultura que apresenta maior rentabilidade no momento.

Desempenho de outras oleaginosas na safra 2025/26

O relatório também trouxe projeções para outras culturas. No caso da colza, a produção deve atingir 3,2 milhões de toneladas, queda de 14% em comparação ao ciclo anterior. A área plantada está estimada em 1,3 milhão de hectares, recuo de 3%.

Já o girassol, principal oleaginosa do país, deve ampliar em 3% sua área cultivada, chegando a 6 milhões de hectares. A produção, entretanto, deve permanecer praticamente estável, em 12,7 milhões de toneladas.

Exportações de soja e colza em queda

As projeções para exportação também foram revisadas para baixo. No caso da soja, os embarques devem cair quase pela metade, atingindo 2,1 milhões de toneladas em 2025/26. Já a colza deve recuar para 2,55 milhões de toneladas, frente às 3,14 milhões registradas em 2024/25.

Para o girassol, a expectativa é de exportações mais equilibradas, em torno de 300 mil toneladas.

Novas tarifas sobre exportações

O relatório ressalta ainda que o Parlamento ucraniano aprovou, em julho, um projeto de lei que cria uma tarifa de 10% sobre as exportações de soja e colza. A medida, que ainda aguarda sanção, isenta agricultores e cooperativas, mas já pressiona os preços pagos aos produtores. Tradings reduziram os valores ofertados em antecipação à cobrança do imposto.

O objetivo da nova política é incentivar o processamento interno das oleaginosas, já que a tarifa não incidirá sobre derivados como óleo e farelo.

Fonte: Portal do Agronegócio

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