Publicado em: 27/02/2019 às 09:20hs
O volume será 12% menor na comparação com a colheita obtida no ciclo anterior, destacam dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Estado.
De acordo com o Deral, neste ciclo, o clima foi o principal responsável pela queda na produção. Isso porque o estado registrou períodos de estiagem, chuvas excessivas e altas temperaturas ao longo do ciclo de desenvolvimento das principais culturas como soja, milho e feijão.
Para o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, a expectativa agora é com o desempenho da segunda safra de grãos, que está em desenvolvimento no campo, com tendência a ser promissora.
O clima está mais ameno e o regime de chuvas atual está recuperando parte das perdas. O Deral está estimando um volume total de 13,2 milhões de toneladas de grãos na segunda safra, que tem como carro-chefe o milho.
Preços
O secretário da Agricultura destaca que, apesar das perdas impostas pelo clima, os preços praticados no mercado estão bons para soja, milho, feijão. Provavelmente estarão bons também para o trigo, que tem previsão de estabilidade no tamanho da área plantada.
Soja - Neste ano, os preços da soja estão com um aumento de 8% em relação aos preços praticados no mesmo período do ano passado, que eram em torno de R$ 65,00 a saca. A tendência era de queda no preço porque a produção foi grande no mercado externo, com um volume global de aproximadamente 360 milhões de toneladas. Porém, fatores econômicos como relação China e Estados Unidos e o dólar num patamar ainda considerado elevado estão mantendo o valor da cotação atual da soja.
Milho - Com oferta menor do grão, o preço está compensador. A saca está sendo comercializada pelo produtor, em média, por R$ 30,00 - 25% acima do preço praticado no mesmo período do ano passado.
Trigo - O preço do trigo no mercado está elevado - em torno de R$ 50,00 a saca - um valor acima do custo de produção que pode alterar a visão do produtor, diz o economista.
Além disso, há outra variável que pode influenciar numa decisão em relação à área plantada que é a de redução da safra mundial de trigo. Há muito tempo não ocorria essa situação, o que pode trazer o produtor paranaense de volta para a cultura. Além da oferta menor de trigo no mundo, há o agravante do dólar, ainda valorizado em relação ao real, o que pode encarecer o trigo da Argentina importado pelo Brasil.
Fonte: Datagro
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