Publicado em: 09/01/2025 às 10:36hs
Os preços da soja registraram novas quedas na manhã desta quinta-feira (9) na Bolsa de Chicago (CBOT). O movimento reflete tanto os ajustes do mercado antes da divulgação do relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), previsto para sexta-feira (10), quanto os fundamentos de baixa, especialmente as previsões de melhora climática na Argentina.
Por volta das 7h40 (horário de Brasília), os contratos futuros da oleaginosa apresentavam perdas de 4 a 8 pontos, com os vencimentos mais distantes registrando as maiores desvalorizações. O contrato para março era negociado a US$ 9,87 por bushel, enquanto o de maio estava em US$ 9,98 por bushel. Na mesma bolsa, o farelo e o óleo de soja, assim como o trigo, também operavam no vermelho, enquanto o milho se mantinha estável, com pequenos ganhos.
Os operadores permanecem atentos às condições climáticas na América do Sul, um fator crucial para as cotações. Na Argentina, a previsão de chuvas mais consistentes a partir da segunda quinzena de janeiro gera expectativas de alívio para as lavouras, pressionando os preços. No Brasil, o cenário é misto: enquanto o Sul enfrenta dificuldades devido à escassez de chuvas, o Sudeste e o Nordeste devem receber volumes significativos de precipitação nos próximos dias.
Além do clima, o mercado monitora de perto a China, as movimentações geopolíticas e os impactos da posse de Donald Trump nos Estados Unidos. O comportamento do dólar também segue como fator relevante. Na quarta-feira (8), a moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 6,11, com alta de 0,09%, após uma sessão de intensa volatilidade.
Com essas variáveis em foco, o mercado de soja segue cauteloso e à espera do relatório do USDA, que poderá trazer novas perspectivas para a oferta e demanda global do grão.
Fonte: Portal do Agronegócio
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