Soja

PR: Soja convencional passa ilesa pelo calor excessivo

O Rally da Safra fez uma visita pela fazenda Ônix, no município de Piraí do Sul, e bastou olhar para a soja na lavoura do produtor Geraldo Morsink para perceber que ela passou ilesa pela seca e forte calor que assolou o Estado no mês de janeiro


Publicado em: 17/03/2014 às 19:20hs

PR: Soja convencional passa ilesa pelo calor excessivo

Nesta área, que totaliza 830 hectares (ha) e o plantio da oleaginosa aconteceu no dia 15 de outubro, a expectativa é de colher, em média, 70 sacas/ha. Um detalhe: a lavoura é totalmente convencional, nada de transgênicos, já que sua propriedade passa pela Área de Proteção Ambiental da Escarpa Devoniana, criada no Paraná com o objetivo de assegurar a proteção do limite natural entre o primeiro e o segundo planaltos paranaenses, bem como todo o bioma representativo dos Campos Gerais.

Morsink também tem uma área menor na cidade de Ibaiti, essa com transgênicos, que sofreu quebra, mas ainda fechando em patamares considerados bons: algo em torno de 52 sacas/ha. "Nesta área plantamos no dia 5 de novembro e acabou quebrando um pouco. No total, são 930 hectares de soja, sendo que comercializei 20% em setembro e outubro para cobrir o custeio. Até maio, pretendo vender 50% do que produzi", projeta ele.

A estimativa de custo do plantio para a soja, segundo a Agroconsult, é de R$ 1,5 mil por hectare, mas na fazenda Ônix o valor foi 60% maior: algo próximo a R$ 2,4 mil/ha. "Fiz duas aplicações a mais para o combate da Helicoverpa, por isso acabou ficando um pouco mais caro, mas foi tranquilo controlar essa praga. Na pré-venda da commodity, consegui comercializar a R$ 63 a saca, mais R$ 7 de prêmio a saca por ser soja convencional. Espero que no segundo semestre continue conseguindo preços acima de R$ 70", explica o produtor, que é cooperado da Castrolanda.

De modo geral, Morsink considera que a safra passada foi melhor que a deste ano, mas continua animado com o segundo semestre de 2014, sendo que o plantio agora vai ser distribuído: 33% da área será cultivada com trigo, 33% será de cobertura verde e 33% de aveia branca e canola. "Ano passado nosso trigo esteve com qualidade ótima, escapou da geada, e conseguimos comercializar a R$ 830 a tonelada. Este ano espero algo em torno de R$ 750 a tonelada, o que não é ruim. Já a canola estou praticamente parando a atividade, na safra 2012/13 estimei minha produtividade em 40 sacas por hectare, mas acabei fechando abaixo de 30 sacas devido ao clima. Este ano vou plantá-la de teimoso, mas pretendo parar."

Vale dizer que todas as tecnologias utilizadas pelo produtor durante a safra têm o aval da Fundação ABC, que realiza trabalhos de pesquisa e oferece amparo tecnológico a 2,9 mil produtores das cooperativas Capal, Batavo e Castrolanda. (V.L.)

Fonte: Folha Web

◄ Leia outras notícias