Publicado em: 05/05/2014 às 13:40hs
A classificação dos grãos de soja pelas empresas compradoras é sempre polêmica. Os produtores reclamam que os padrões para verificação de matérias estranhas, impurezas, umidade e grãos avariados são diferentes em cada armazém e os descontos são muito altos.
Descontentes com estas variações, o Núcleo da Aprosoja de Nova Mutum (260km de Cuiabá) decidiu contratar nesta safra um classificador para realizar a verificação das cargas de soja e emitir laudos, assim os produtores locais tiveram um parâmetro neutro das classificações realizadas.
“Com a chuva intensa na época da colheita, os produtores começaram a verificar que a soja estava danificada. Onde, por causa da demanda dos produtores, e depois de reuniões com o poder público municipal e empresas, decidimos por ter um profissional que fizesse este serviço”, diz Emerson Zancanaro, delegado-coordenador do Núcleo em Nova Mutum.
Ele explicou que os laudos eram apenas comparativos, pois no entendimento das empresas que armazenam o grão não há uma legislação específica para a classificação dos grãos. “Esta é uma das demandas da Aprosoja”, explica o diretor executivo, Marcelo Duarte.
“Precisamos de uma padronização para que a classificação dos grãos seja feita uniformemente e as empresas sigam uma sequência única e transparente, como em um exame de sangue, que independente do laboratório que você faça, o resultado segue o mesmo padrão”, exemplifica o diretor.
Em Nova Mutum, foram feitos cerca de cinquenta laudos de classificação de grãos. “A iniciativa foi uma boa ferramenta para pressionar os armazéns na cidade, mas é momentânea. Precisamos de uma legislação ou norma que nos assegure”, enfatizou Zancanaro.
Fonte: Aprosoja
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