Conforme o ministro Antônio Andrade, a oferta nacional no ciclo 2013/14 pode ultrapassar as projeções – já recordes – e atingir até 95 milhões de toneladas (t).

“O desempenho da soja para esta safra deve ser ainda melhor que as previsões atuais, podendo alcançar 95 milhões. Esse resultado deve-se ao aumento da produtividade e consolidará o Brasil como o maior produtor deste grão no mundo, superando os norte-americanos”, disse Andrade. Na safra 2012/13, o EUA atingiram cerca de 88 milhões/t.

Considerando a revisão mensal das estimativas divulgadas ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é esperada neste momento a colheita de 90,33 milhões de toneladas no país, ante 81,49 milhões da safra passada. Do total, 26 milhões sairiam de Mato Grosso, estado que segue como nunca liderando a sojicultura brasileira e que seria, neste contexto, responsável por um terço do recorde nacional.

Se os números se confirmarem, e até lá há muita lavoura para ser colhida até abril, Mato Grosso fecha o ciclo com mais um recorde e supera em 10,6% a produção da última safra e o país exibe expansão anual de 10,8% também sobre volume histórico da última safra.

Além de manter a liderança nacional, Mato Grosso segue até o momento como o estado com maior incremento na oferta entre os grandes produtores nacionais. No caso específico do Estado, o avanço é garantido pela expansão especial. De uma safra para a outra a área destinada à sojicultura cresceu 7%, de 7,81 milhões de hectares (ha) para 8,36 milhões de ha. A produtividade está estimada em 3.110 mil quilos/ha, evolução de 3,3%. Já a produção que passa de 23,53 milhões de t para 26,01 milhões, se confirmada, será 10,6% maior que o recorde da safra 2012/13.

EXPECTATIVAS - A previsão é de que o Brasil registre uma produção de grãos de 196,7 milhões de t, ao todo um aumento de 5,2% em relação à safra passada, de 186,9 milhões de t.

No levantamento, realizado por técnicos da Conab, o quarto desta safra, Mato Grosso segue como o principal produtor de grãos do país, e segundo as projeções deve avolumar 48,63 milhões de t, 5,9% mais que na safra anterior, quando se consolidou produção de 45,90 milhões de t. A previsão deste novo levantamento ajustou levemente a última projeção que apontava para uma produção de 48,61 milhões de t em dezembro do ano passado.

CULTURAS – Como chama à atenção a Conab, o destaque foi para a soja, que teve um crescimento de 10,8%, o que representa uma produção estimada em 90,3 milhões de /t para a safra atual. O arroz acompanhou o comportamento de alta com um aumento de 5,1%, chegando a 12,4 milhões de t. O feijão primeira safra – que já está em fase de colheita no Paraná – também se destaca, com uma elevação de 35,6% na produção, passando de 964,6 mil para 1,3 milhão de toneladas.

Já o milho primeira safra, 2ª maior cultura produzida no Brasil, apresentou um decréscimo de 5,9%. A queda prevista, segundo a Gerência de Avaliação de Safras da Conab, se deve à redução de plantio do grão em virtude dos preços mais favoráveis para o plantio de soja.

Com relação à área plantada, a cultura de soja apresentou o maior crescimento em relação à área plantada, com aumento de 6,6%, passando de 27,7 para 29,6 milhões de ha. Outras culturas também apresentaram elevação em relação à área, como arroz, feijão e algodão. Por sua vez, o milho primeira safra apresentou decréscimo de área de 4,7%, passando de 6,8 para 6,5 milhões de ha.

“A nossa produção aumenta a cada ano. Isto porque o Brasil desenvolveu grandes tecnologias no campo, e contamos diariamente com o trabalho dos produtores, que não medem esforços para colocar a nossa produção como uma das maiores do mundo”, finaliza Andrade.