Publicado em: 18/12/2023 às 10:50hs
Na manhã desta segunda-feira (18), a Bolsa de Chicago testemunhou uma queda nos preços da soja, marcando ajustes significativos. Por volta das 7h40 (horário de Brasília), as cotações apresentaram recuos entre 6,25 e 6,75 pontos, levando as cifras de janeiro a US$ 13,09 e maio a US$ 13,36 por bushel. Os produtos derivados, entretanto, mantiveram-se estáveis. O mercado permanece atento aos seus fundamentos, destacando-se as condições climáticas na América do Sul, mas também observando a temporada em que os negócios perdem força, levando os fundos a buscar ajustes de posições antes do final do ano para garantir resultados positivos.
Apesar disso, no Brasil, a situação climática ainda gera preocupações. "O final de semana foi marcado por tempo seco nas áreas centrais e norte do Brasil, assim como no Paraná e Santa Catarina, com chuvas registradas apenas no Rio Grande do Sul e na Argentina. O intenso calor no país está impactando a safra, com temperaturas ultrapassando os 40 graus em Mato Grosso e Goiás. Algumas áreas do Mato Grosso, previstas para a colheita em janeiro, anteciparam o processo devido à seca e às altas temperaturas, resultando em grandes perdas", alerta Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro.
Para os próximos dias, as preocupações persistem. Apesar de alguns modelos indicarem a possibilidade de chuvas no Centro-Oeste brasileiro, a irregularidade dessas previsões requer confirmação para provocar uma mudança efetiva nas lavouras brasileiras.
Outros elementos também estão na pauta, incluindo o comportamento da demanda, que tem apresentado semanas intensas recentemente, e a situação geopolítica. "As questões geopolíticas podem ressurgir. Durante o final de semana, Israel atacou o Hezbollah no Sul do Líbano, o que pode resultar em novos atritos e ter consequências nos mercados", explica Sousa.
Fonte: Portal do Agronegócio
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