Soja

Mercado de soja no Brasil inicia a terça com poucos negócios e preços em queda

Dólar recua e volatilidade em Chicago mantém produtores afastados das negociações


Publicado em: 17/09/2024 às 10:56hs

Mercado de soja no Brasil inicia a terça com poucos negócios e preços em queda

O mercado brasileiro de soja mantém um cenário de pouca movimentação nesta terça-feira, com os preços em tendência de queda e negócios limitados. O dólar continua em declínio, cotado abaixo de R$ 5,50, enquanto a Bolsa de Chicago apresenta uma manhã marcada pela volatilidade, com o mercado buscando um novo posicionamento.

Na segunda-feira, o cenário foi de estagnação, com os preços variando de estáveis a mais baixos. A combinação do recuo do dólar e a instabilidade em Chicago contribuiu para afastar os produtores das negociações, ampliando a diferença entre os preços de compra e venda.

No Rio Grande do Sul, o preço da saca de 60 quilos em Passo Fundo caiu de R$ 135,00 para R$ 133,00, enquanto na região das Missões, o valor baixou de R$ 134,50 para R$ 132,00. No Porto de Rio Grande, a saca foi negociada a R$ 138,00, ante os R$ 141,00 registrados anteriormente.

No Paraná, o cenário foi semelhante. Em Cascavel, o preço da saca reduziu de R$ 135,00 para R$ 134,00, e no porto de Paranaguá, houve uma queda de R$ 140,00 para R$ 139,00.

Em outras regiões produtoras, a movimentação foi igualmente contida. Em Rondonópolis (MT), o preço da saca se manteve estável em R$ 130,00. Já em Dourados (MS), a saca foi negociada a R$ 128,00, uma leve queda em relação aos R$ 129,00 anteriores. Em Rio Verde (GO), o valor caiu de R$ 127,00 para R$ 126,00.

Cenário Internacional e Volatilidade em Chicago

Os contratos de soja para entrega em novembro operavam a US$ 10,07 3/4 por bushel na manhã de terça-feira, um leve aumento de 0,32% em relação ao dia anterior. O mercado internacional continua instável, à medida que a colheita nos Estados Unidos avança, consolidando a expectativa de ser uma das maiores já registradas.

De acordo com o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), até 15 de setembro, 6% da área de soja havia sido colhida, comparado a 4% no mesmo período do ano anterior, enquanto a média histórica é de 3%. Sobre as condições das lavouras, 64% estavam classificadas entre boas e excelentes, 25% em condições regulares e 11% em situação ruim ou muito ruim.

Prêmios e Exportação

Os prêmios de exportação da soja registraram uma leve alta na segunda-feira, sustentados pela firmeza do mercado, apesar de poucos negócios devido ao feriado na China. A leve queda nos preços em Chicago impediu que os ganhos fossem mais expressivos.

Os prêmios de exportação para outubro estavam entre +140 e +170 centavos de dólar sobre a Bolsa de Chicago, no Porto de Paranaguá. Já para fevereiro de 2024, o prêmio variava entre +55 e +70 centavos, enquanto para março de 2025, os prêmios estavam entre +15 e +35 centavos, segundo informações da consultoria Safras & Mercado. O preço FOB (flat price) para fevereiro oscilou entre US$ 401,60 e US$ 407,10 por tonelada, frente ao intervalo de US$ 402,00 a US$ 405,70 registrado no dia anterior.

Câmbio e Indicadores Financeiros

O dólar comercial operava em queda de 0,28% nesta terça-feira, sendo cotado a R$ 5,4943. O dollar index (DXY), que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta de outras divisas, também apresentava recuo de 0,11%, alcançando 100,65 pontos.

No cenário internacional, as bolsas asiáticas encerraram o dia com resultados mistos, com a Bolsa de Xangai fechada devido a um feriado e Tóquio apresentando uma queda de 1,03%. Já na Europa, as principais bolsas operavam em alta, com Paris e Frankfurt subindo 0,78%, enquanto Londres registrava alta de 0,81%.

No mercado de petróleo, os preços também apresentavam elevação. O barril de WTI, com vencimento em outubro, subia 1,18%, sendo negociado a US$ 68,08.

Fonte: Portal do Agronegócio

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