Publicado em: 03/10/2025 às 11:30hs
O mercado de soja no Brasil segue com estabilidade, apesar de oscilações pontuais em diferentes estados. No Paraná, os preços apresentaram variações amenas: em Paranaguá, a saca foi cotada a R$ 136,19 (-0,44%), em Cascavel R$ 127,54 (-0,05%), em Maringá R$ 127,04 (+0,32%) e em Ponta Grossa R$ 129,31 (+0,19%). Pato Branco registrou preço de R$ 134,39 por saca FOB, enquanto no balcão de Ponta Grossa os valores ficaram em R$ 120,00.
No Rio Grande do Sul, a maior parte das praças manteve preços estáveis, com destaque para Cruz Alta, Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz, todas cotadas a R$ 129,00 (-0,77%) para pagamento em 30/10. Em Panambi, os preços atingiram R$ 119,00 por saca. Algumas regiões, como Palma Sola, registraram alta de +0,84%, chegando a R$ 120,00 por saca.
Em Mato Grosso do Sul, a redução dos custos de frete rodoviário favoreceu a competitividade local e manteve o mercado pouco volátil. Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia registraram R$ 122,19 (-0,08%) por saca, enquanto Chapadão do Sul atingiu R$ 120,15 (+0,21%).
Já em Mato Grosso, o mercado físico de soja apresentou liquidez reduzida, com Campo Verde cotada a R$ 120,89 (+0,25%), Lucas do Rio Verde e Nova Mutum R$ 115,69 (+0,39%), Primavera do Leste R$ 120,98 (+0,32%), Rondonópolis R$ 120,98 (+0,32%) e Sorriso R$ 115,69 (+0,39%).
Na Bolsa de Chicago, o mercado de soja apresenta movimentos técnicos de correção nesta sexta-feira (3). Por volta das 7h20 (horário de Brasília), os contratos futuros recuavam entre 2,75 e 3,25 pontos, com o vencimento de janeiro a US$ 10,39 e maio a US$ 10,67 por bushel. O farelo e o óleo de soja também registraram quedas.
Segundo analistas, o movimento é resultado de ajustes de posição após altas recentes influenciadas por declarações do presidente Donald Trump, do secretário do Tesouro Scott Bessent e da secretária da Agricultura Brooke Rollins. As falas mencionaram possíveis reuniões com a China e subsídios aos produtores americanos, ainda não anunciados oficialmente.
Apesar disso, os fundamentos continuam limitando a recuperação, com a colheita nos EUA avançando, o plantio brasileiro em andamento e a China ainda sem novas compras do grão norte-americano.
Na quinta-feira (2), a soja negociada na Bolsa de Chicago registrou valorização, impulsionada por sinais de apoio do governo dos EUA e pelo aumento do uso de óleo de soja na produção de biodiesel. O contrato de novembro subiu 1,06%, para US$ 10,75/bushel, e o vencimento de janeiro avançou 1,04%, para US$ 10,41/bushel.
O farelo de soja para outubro registrou alta de 2,49%, a US$ 271,3/ton, enquanto o óleo de soja subiu 0,14%, atingindo US$ 49,82/libra-peso. Entre os fatores de suporte estão a expectativa de compensações aos produtores americanos e a sinalização de Trump sobre negociações comerciais com a China, que reforça otimismo entre investidores.
Além disso, a Administração de Informação de Energia (EIA) reportou que o uso de óleo de soja na produção de biodiesel nos EUA atingiu 1,108 bilhão de libras em julho, maior volume desde novembro do ano passado, refletindo o padrão sazonal e a tendência de maior demanda pelo produto.
Fonte: Portal do Agronegócio
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