Publicado em: 09/08/2024 às 11:18hs
Às vésperas do fim de semana e na expectativa pelo relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para segunda-feira, o mercado brasileiro de soja enfrenta mais um dia de negociações limitadas, com preços oscilando entre estáveis e em queda. Apesar de Chicago registrar alta, o mercado ainda acumula perdas na semana, enquanto o dólar recua e os prêmios apresentam ligeiro aumento.
Na quinta-feira, o mercado teve poucas ofertas, com negociações isoladas para a safra 2024/25. Contudo, os preços continuaram em queda, pressionados pela combinação desfavorável entre o dólar e as cotações na Bolsa de Chicago (CBOT). Embora os prêmios estejam em patamares favoráveis, não têm sido suficientes para compensar as perdas, resultando em uma retração dos produtores no curto prazo. A disparidade entre as ofertas de compra e venda persiste, o que mantém o mercado em compasso de espera.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 131,50 para R$ 131,00. Na região das Missões (RS), o preço caiu de R$ 130,50 para R$ 130,00. No Porto de Rio Grande (RS), a saca desvalorizou de R$ 139,00 para R$ 137,00.
No Paraná, em Cascavel, a saca registrou baixa de R$ 132,00 para R$ 129,00. No Porto de Paranaguá (PR), o preço caiu de R$ 138,00 para R$ 136,00.
Em outras regiões, como Rondonópolis (MT), o preço da saca caiu de R$ 127,00 para R$ 126,00, enquanto em Dourados (MS) e Rio Verde (GO) houve uma leve redução de R$ 123,00 para R$ 122,00.
Os contratos de soja para entrega em novembro registram uma alta de 0,49%, cotados a US$ 10,13 por bushel, após três sessões consecutivas de baixa. O movimento é impulsionado por uma recuperação técnica, favorecida por um cenário externo mais otimista, com o dólar enfraquecendo frente a outras moedas, alta do petróleo em Nova York, e bolsas de valores em ascensão na Europa e na Ásia. Apesar da recuperação, a posição de novembro/24 acumula uma perda semanal de 1,5%.
O mercado se prepara para o aguardado relatório mensal do USDA, que trará novas projeções para a oferta e demanda de soja nos Estados Unidos e no mundo. A divulgação está marcada para segunda-feira, 12 de agosto, às 13h.
Analistas esperam que o USDA reduza suas estimativas para a safra e os estoques finais de soja nos Estados Unidos para 2024/25. A expectativa é que os estoques americanos fiquem em 472 milhões de bushels, em comparação com a previsão de 435 milhões de julho. Para a produção, a projeção é de 4,469 bilhões de bushels, acima dos 4,435 bilhões indicados no mês passado.
No cenário mundial, espera-se que os estoques finais de soja para 2024/25 sejam de 127,6 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo dos 127,8 milhões projetados em julho. Para 2023/24, o mercado espera um número de 110,9 milhões, uma redução em relação aos 111,3 milhões indicados anteriormente.
Na quinta-feira, os preços FOB da soja recuaram nos portos brasileiros, seguindo a tendência dos contratos futuros em Chicago. Os prêmios mantiveram-se estáveis, com pouca movimentação. Para agosto, os prêmios de exportação variaram entre +100 e +135 centavos de dólar sobre Chicago no Porto de Paranaguá. Para setembro de 2024, os prêmios oscilaram entre +115 e +135 centavos, enquanto para fevereiro de 2025, os valores variaram entre +25 e +33 centavos.
O preço FOB para setembro ficou entre US$ 407,30 e US$ 414,70 por tonelada, uma leve queda em relação ao intervalo de US$ 411,60 a US$ 419,00 do dia anterior.
O dólar comercial operou em baixa de 0,40%, cotado a R$ 5,5497, enquanto o dollar index (DXY) manteve-se estável em 103,20 pontos.
As principais bolsas de valores na Ásia fecharam em alta, com exceção de Xangai, que caiu 0,27%. Em Tóquio, houve alta de 0,56%. Na Europa, as bolsas também registraram ganhos, com Paris subindo 0,35%, Frankfurt 0,24%, e Londres 0,49%. O petróleo WTI para setembro registrou alta de 0,55%, cotado a US$ 76,60 por barril.
Fonte: Portal do Agronegócio
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