Publicado em: 19/09/2025 às 11:40hs
O mercado da soja brasileiro atravessa uma fase de entressafra no Sul do país, enquanto o plantio avança no Centro-Oeste, com preços estáveis e certa cautela entre produtores e traders. No cenário internacional, os contratos em Chicago mostram oscilações, influenciados por perspectivas de safra e negociações comerciais globais.
No Rio Grande do Sul, o mercado físico de soja segue típico período de entressafra, com indicações de preços mantendo-se estáveis. Segundo a TF Agroeconômica:
Em Santa Catarina, a oferta restrita reduz a movimentação e atualizações do mercado:
No Paraná, diferenças logísticas refletem variações de preço:
O Centro-Oeste começa o novo ciclo de soja com preços estáveis e expectativa positiva. Os valores spot registrados foram:
Em Mato Grosso, a comercialização avança, sustentada pelo prêmio de exportação, mas os produtores enfrentam desafios com o aumento dos custos de insumos como fertilizantes e defensivos:
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos da soja seguem semana de oscilações. Nesta sexta-feira (19), os futuros mostravam alta de 4,25 a 4,50 pontos, com:
O mercado permanece atento a fatores como conclusão da safra nos EUA, início do plantio no Brasil, demanda chinesa e políticas de biocombustíveis nos EUA, que também impactam o preço do óleo de soja.
Na quinta-feira (18), a soja recuou no pregão, pressionada por estimativas de safra recorde no Brasil:
O farelo e o óleo de soja também registraram queda:
Segundo analistas, o movimento baixista é influenciado pelo aumento da colheita nos EUA, expectativa de produção recorde no Brasil e ausência de novas compras chinesas, mesmo com aumento de 70,58% nas vendas semanais para exportação.
A Conab estima a produção brasileira em 177,67 milhões de toneladas, com exportações projetadas em 112,12 milhões de toneladas, acima das previsões do USDA (177 milhões e 112 milhões, respectivamente), mantendo o país como líder global no comércio de soja e sustentando a pressão sobre os preços internacionais.
O cenário atual combina entressafra no Sul, plantio avançando no Centro-Oeste, custos elevados de produção e volatilidade internacional. Produtores e traders precisam equilibrar estratégias de comercialização, considerando oscilações de preços, custos de insumos e demanda externa, especialmente da China.
Fonte: Portal do Agronegócio
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