Publicado em: 03/07/2025 às 10:53hs
O mercado da soja operou com forte alta na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) nesta quarta-feira (3), impulsionado pela cobertura de posições vendidas antes do feriado do Dia da Independência dos Estados Unidos. O movimento também foi sustentado pela disparada do óleo de soja, que se beneficiou de um projeto de lei aprovado no Senado norte-americano. A medida restringe subsídios a biocombustíveis produzidos com matéria-prima estrangeira, favorecendo o óleo de soja local, utilizado na fabricação de biodiesel.
Na sessão, os contratos com vencimento em agosto subiram 2,30%, fechando a US$ 10,53 1/2 por bushel. Já a posição novembro encerrou o dia a US$ 10,48, com alta de 2,01%. O farelo de soja com vencimento em dezembro avançou 1,11%, sendo cotado a US$ 290,80 por tonelada. No mesmo período, o óleo de soja subiu 2,58%, atingindo 52,07 centavos de dólar por libra-peso.
Nesta quinta-feira (4), os preços da soja seguem em alta, influenciados pela demanda interna dos Estados Unidos e pelos ganhos registrados no milho e no farelo. Por volta das 8h30 (horário de Brasília), os principais vencimentos subiam entre 1 e 4,25 pontos, com o contrato julho cotado a US$ 10,51 e o novembro a US$ 10,52 por bushel.
Apesar das expectativas de acordos comerciais entre Estados Unidos e China, ainda faltam detalhes concretos sobre eventuais compras chinesas de produtos agrícolas norte-americanos. Além disso, o dólar em queda frente ao real tem dado suporte às cotações em Chicago, aumentando o apetite dos fundos de investimento.
Enquanto o cenário internacional é de alta, no Brasil o mercado de soja segue pressionado por entraves logísticos, custos de frete e falta de estrutura para armazenagem, especialmente nos estados do Sul e Centro-Oeste.
Rio Grande do Sul
As negociações seguem pontuais, com foco em operações imediatas. Os preços para entrega em julho e pagamento no final do mês giram em torno de R$ 137,50 por saca no porto. No interior, os valores variam:
Santa Catarina
O estado mantém cautela nas vendas, com atenção redobrada à capacidade de armazenagem, especialmente no Planalto Norte, onde o crescimento da produção pode provocar gargalos. No porto de São Francisco, a saca é cotada a R$ 134,59 (+0,33%).
Paraná
Produtores também monitoram de perto o armazenamento e mantêm ritmo moderado de vendas:
No balcão, em Ponta Grossa, a cotação ficou em R$ 118,00
Mato Grosso do Sul
O estado enfrenta sobreposição das safras de soja e milho safrinha, o que mantém o frete elevado e complica a logística de escoamento. Os preços variam conforme a região:
Mato Grosso
Mesmo com safra recorde, o estado ainda lida com desafios em comercialização e armazenagem. As cotações mostram tendência de alta:
O mercado da soja vive um momento de valorização nos Estados Unidos, com suporte da demanda interna e de fatores legislativos ligados ao biodiesel. No Brasil, porém, os desafios logísticos e a limitação de infraestrutura de armazenagem dificultam a comercialização plena da safra, mesmo diante de preços firmes em várias praças. O setor segue atento às movimentações cambiais e aos desdobramentos do cenário externo para ajustar suas estratégias.
Fonte: Portal do Agronegócio
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