Publicado em: 09/12/2025 às 11:10hs
O mercado da soja brasileiro registra movimentação tímida nesta temporada, com estabilidade nos preços e comportamento cauteloso de compradores e vendedores. No Rio Grande do Sul, o cenário reflete incertezas produtivas e dificuldades logísticas, mantendo preços internos alinhados ao porto. Em Cruz Alta, a saca de soja é cotada em R$ 133,00, enquanto em Passo Fundo chega a R$ 138,00. Já em Panambi, o mercado físico apresenta maior resistência, com preço de pedra recuando para R$ 121,00. No porto de Rio Grande, a soja é cotada a R$ 142,00 por saca.
Em Santa Catarina, a demanda é puxada principalmente pelas indústrias de suínos e aves, com comercialização seletiva e preços estáveis. No porto de São Francisco do Sul, a saca é cotada a R$ 141,75. No Paraná, a liquidez elevada oferece aos produtores maior controle sobre a liberação dos grãos, com preços em Paranaguá a R$ 142,47, em Cascavel a R$ 132,36 e em Ponta Grossa a R$ 134,11 por saca FOB.
No Mato Grosso do Sul, as referências regionais apresentaram ligeiras altas, com o spot em Dourados e Campo Grande a R$ 127,72. O Mato Grosso finalizou a semeadura da safra e apresenta variações pontuais de preço, como em Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, onde a saca é cotada a R$ 120,22 (+0,85%).
Nos Estados Unidos, os contratos futuros da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) registram movimentação lateral nesta terça-feira (9), após perdas superiores a 1% na sessão anterior. Por volta das 7h40 (horário de Brasília), o contrato janeiro operava a US$ 10,93 por bushel, enquanto maio estava a US$ 11,16. O mercado se ajusta à espera do novo boletim mensal do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que trará números de oferta e demanda, estoques finais e produtividade da soja americana.
Analistas avaliam que o relatório deve indicar estoques finais maiores nos EUA para a temporada 2025/26, projetados em 309 milhões de bushels, frente a 290 milhões previstos no mês anterior. Para o quadro mundial, a expectativa é de estoques finais de 122,8 milhões de toneladas, contra 122 milhões projetados em novembro.
A China continua sendo um ator decisivo para o mercado internacional. Até o momento, o país adquiriu 50% dos 12 milhões de toneladas de soja previstas para 2025. Em novembro, as importações chinesas somaram 8,11 milhões de toneladas, 13,4% acima do mesmo mês em 2024, impulsionadas por embarques da América do Sul e retomada de compras dos EUA. A estatal Sinograin anunciou leilão de 512,5 mil toneladas de soja importada em 11 de dezembro, sua primeira venda desse tipo em três meses.
Os derivados da soja também registraram variações nos contratos de Chicago. O farelo de soja com entrega em janeiro caiu 0,19%, sendo cotado a US$ 306,80 por tonelada, enquanto o óleo de soja recuou 0,98%, negociado a 51,18 centavos de dólar por libra-peso.
Fonte: Portal do Agronegócio
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