Publicado em: 18/07/2025 às 10:50hs
O mercado da soja começa a reagir de forma mais consistente no Rio Grande do Sul. Segundo análise da TF Agroeconômica, os produtores voltaram a negociar diante da melhora nos preços, embora as limitações logísticas ainda impeçam um avanço mais expressivo nas operações. Os valores da saca para pagamento em diferentes prazos são:
Nas praças do interior, os preços também subiram:
Em Santa Catarina, a valorização da soja estimulou ofertas, principalmente no oeste do estado. No entanto, a comercialização segue em ritmo moderado, concentrada na reposição de estoques pelas indústrias de esmagamento. As exportações continuam restritas e os armazéns operam com boa capacidade de armazenamento, sem pressão por liberação de espaço. No porto de São Francisco, a saca de soja é cotada a R$ 136,30.
A reação dos produtores paranaenses aos preços mais firmes se reflete na retomada dos negócios. Confira os valores praticados:
Apesar da alta produção, o Mato Grosso do Sul enfrenta lentidão na comercialização e acúmulo de grãos. Essa situação pressiona os produtores a aceitarem preços menos favoráveis, evidenciando a urgência de melhorias logísticas e abertura de novos mercados. Preços no estado:
O processamento de soja no Mato Grosso atingiu um recorde mensal, mas as margens das indústrias recuaram. Confira os preços nas principais cidades:
As cotações da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a sexta-feira (18) em alta superior a 1%, refletindo um cenário macroeconômico mais otimista. A valorização dos grãos ocorre em sintonia com o bom desempenho da economia dos Estados Unidos e a queda do índice do dólar (-0,4%), que favoreceu o avanço das commodities agrícolas.
Por volta das 7h40 (horário de Brasília), os principais contratos da soja subiam entre 13 e 13,75 pontos, acompanhando o milho, o trigo e o farelo de soja.
O contrato de soja para agosto – referência para a safra brasileira – subiu 0,81% na quinta-feira (17), encerrando a US$ 1.021,50/bushel. O contrato de setembro teve alta de 0,62%, fechando em US$ 1.012,00.
Entre os derivados:
A demanda crescente por óleo de soja para produção de biodiesel nos EUA, impulsionada por mandatos regulatórios mais rígidos e estímulos fiscais, foi um dos principais fatores da alta. Um novo acordo com a Indonésia, importante compradora de farelo de soja, também contribuiu para o otimismo do mercado.
Apesar dos ganhos, alguns fatores limitaram a alta da soja. A estimativa da Abiove de aumento nas exportações brasileiras e a ausência de novas compras pela China contiveram maiores avanços. Além disso, o USDA apontou redução das áreas afetadas por seca nos EUA (de 9% para 7%), com previsão de boas chuvas no cinturão agrícola americano. Mesmo assim, o relatório de exportações dos EUA indicou crescimento de 6,67% na semana, reforçando a recuperação do mercado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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