Publicado em: 12/08/2025 às 11:15hs
O mercado da soja no Brasil apresenta estabilidade nas cotações, mesmo com variações pontuais entre as principais regiões produtoras. No Rio Grande do Sul, os preços para entrega em agosto variam entre R$ 122,00 e R$ 140,00 por saca, com destaque para a boa demanda que favorece negociações, segundo a TF Agroeconômica.
Em Santa Catarina, as cotações permanecem estáveis, com fluxo constante de negócios e estoques próximos do limite, principalmente no porto de São Francisco, onde a saca é cotada a R$ 138,83.
No Paraná, apesar da queda na produção, as exportações de farelo de soja atingem recordes, com preços próximos a R$ 141,00 em Paranaguá, reforçando a importância do agronegócio para a economia local.
No Mato Grosso do Sul, o mercado segue equilibrado, com cotações próximas a R$ 121,00 em várias regiões, refletindo um cenário de exportações aquecidas.
Já em Mato Grosso, apesar da perspectiva de menor safra, o mercado segue ativo, com preços e margens atrativas que incentivam vendas imediatas, impulsionadas pela forte demanda chinesa, principal consumidor do grão brasileiro.
Ajustes no mercado internacional: soja recua em Chicago antes do relatório do USDA
Na Bolsa de Chicago, os preços da soja recuaram nesta terça-feira (12) após forte alta na sessão anterior. Os contratos para setembro e novembro registraram queda entre 12,50 e 12,75 pontos, cotados a US$ 9,79 e US$ 9,98 por bushel, respectivamente.
Esse movimento de realização de lucros acontece em um momento de espera pelo relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado hoje às 13h (horário de Brasília). O documento deve trazer dados importantes sobre produtividade e programas de exportação norte-americanos, impactando o cenário global do mercado de alimentos e commodities agropecuárias.
O mercado da soja em Chicago também foi influenciado por declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que sugeriu um aumento significativo das compras chinesas de soja norte-americana. A notícia impulsionou as cotações na segunda-feira (11), levando a ganhos expressivos nos contratos futuros.
Analistas classificaram o movimento como “compre no boato, venda no fato”, ressaltando que, apesar da expectativa, a China ainda não confirmou grandes aquisições.
Além disso, a expectativa de renovação da trégua tarifária entre EUA e China, somada à falta de chuvas no Centro-Oeste dos EUA, reforçou a busca por posições no mercado, influenciando o preço dos alimentos e produtos agropecuários. No entanto, a sessão noturna indicou possibilidade de devolução parcial dos ganhos, especialmente com a proximidade do relatório do USDA.
A soja é um dos principais produtos do agronegócio brasileiro, influenciando a balança comercial, os preços dos alimentos e, consequentemente, a inflação. Oscilações nos preços da soja impactam diretamente o custo da produção agropecuária e o abastecimento de alimentos, além de afetar setores correlatos, como combustíveis (biodiesel) e ração animal.
A atenção aos mercados internacionais, sobretudo o desempenho da soja em Chicago e as políticas comerciais globais, é fundamental para entender as tendências de preços no Brasil e seu efeito na economia doméstica.
Fonte: Portal do Agronegócio
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