Publicado em: 16/07/2025 às 11:00hs
O mercado da soja no Brasil continua enfrentando dificuldades para avançar, com comercialização limitada em diversas regiões do país. No Rio Grande do Sul, a situação é agravada pela quebra de safra. De acordo com dados da TF Agroeconômica, os preços reportados para julho chegaram a R$ 137,00 no porto. Já no interior, os valores seguem estáveis, com destaque para:
Em Santa Catarina, a colheita foi concluída com bom desempenho, mas a comercialização também está lenta. O foco dos produtores está no escoamento da produção e na preparação para o plantio da nova safra, previsto para setembro. No porto de São Francisco do Sul, a saca é cotada a R$ 136,58. O vazio sanitário vigente reforça a atenção à prevenção fitossanitária neste período estratégico.
No Paraná, o excesso de oferta tem pressionado a logística e impactado as decisões de venda. Os preços seguem variando entre as praças:
Paranaguá: R$ 136,20/saca
A dificuldade no escoamento tem sido um obstáculo adicional para os produtores paranaenses.
Apesar do aumento na produção, as exportações de soja do Mato Grosso do Sul recuaram no primeiro semestre. Com isso, o setor busca ampliar a competitividade por meio de investimentos em infraestrutura e abertura de novos mercados. Os preços na região são:
Líder nacional em produção, o Mato Grosso enfrenta os desafios de uma safra volumosa. Apesar da boa capacidade de armazenamento, os altos volumes pressionam a logística e aumentam os custos. Produtores buscam estratégias como antecipação de contratos e acesso a portos do Norte para manter a fluidez das exportações. Cotações nas principais praças:
Após várias sessões de queda, os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a subir na manhã desta quarta-feira (16), com os vencimentos de agosto superando novamente os US$ 10,00 por bushel. Por volta das 7h30 (horário de Brasília), os contratos registravam alta entre 7 e 8,50 pontos, com o contrato de agosto a US$ 10,02 e o de novembro a US$ 10,10 por bushel.
O movimento foi impulsionado por realização de lucros, pela valorização do milho e pela recuperação dos subprodutos da soja — farelo e óleo — na CBOT. A queda do dólar frente ao real também contribuiu para limitar as perdas.
Na terça-feira (15), as cotações da soja fecharam em queda, pressionadas pelas boas condições das lavouras nos Estados Unidos. Segundo o USDA, até 13 de julho, 70% das lavouras estavam em boas ou excelentes condições, número superior ao da semana anterior.
Outro fator de influência foi o volume do esmagamento nos EUA, divulgado pela Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (NOPA). Em junho, o total esmagado foi de 185,709 milhões de bushels, levemente acima das expectativas, mas abaixo do resultado de maio (192,829 milhões).
Cotações no encerramento de terça-feira:
Com a combinação de safra robusta no Brasil, gargalos logísticos e instabilidade nos preços internacionais, o mercado da soja segue em compasso de espera. A volatilidade em Chicago e o ritmo lento da comercialização nacional mostram que os próximos meses exigirão cautela dos produtores e atenção às mudanças nos fundamentos e no clima.
Fonte: Portal do Agronegócio
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