Publicado em: 31/10/2025 às 11:02hs
O Rio Grande do Sul consolida sua posição estratégica na safra de soja 2025/26, segundo dados da TF Agroeconômica. Para entrega em outubro e pagamento em 15/10, os preços no porto foram registrados em R$ 141,00/sc, com leve queda semanal de 0,70%. No interior, as referências ficaram em torno de R$ 131,00/sc (-0,76%) nas praças de Cruz Alta, Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz.
Em Panambi, o mercado físico apresentou recuo mais expressivo, com o preço de pedra caindo para R$ 120,00/sc, refletindo uma maior resistência local às negociações.
Já Santa Catarina manteve o equilíbrio entre produção, processamento e consumo interno, mesmo sem novos dados de plantio ou comercialização. A eficiência logística e a autossuficiência em armazenagem garantem ao estado maior resiliência frente às oscilações de frete. No porto de São Francisco, a saca da soja foi cotada a R$ 139,32 (-0,36%).
Com projeção de 21,96 milhões de toneladas, o Paraná segue como um dos principais produtores de soja do país. Os preços no estado variam conforme a praça de negociação:
No mercado de balcão, Ponta Grossa apresentou preços médios de R$ 120,00/sc.
O Mato Grosso do Sul mantém um comportamento de mercado estável, com o foco voltado à preservação das margens de custeio. Em Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia, o preço spot da soja ficou em R$ 123,73/sc (-0,98%), enquanto em Chapadão do Sul houve leve alta de 0,07%, com o preço a R$ 120,40/sc.
Já o Mato Grosso segue consolidando sua liderança nacional no plantio de soja. Os preços médios registrados foram:
Após dias de forte volatilidade, a soja iniciou a sexta-feira (31) com estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 7h15 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 0,25 e 1,50 ponto, mantendo-se acima dos US$ 11,00/bushel — com o contrato de janeiro a US$ 11,06 e o de maio a US$ 11,25.
O mercado segue cauteloso diante de informações sobre possíveis compras chinesas de soja norte-americana. Nesta semana, foi confirmada a aquisição de 180 mil toneladas pela estatal chinesa COFCO, o que trouxe leve otimismo, embora ainda insuficiente para definir uma tendência clara de novos negócios.
As atenções também estão voltadas ao avanço da safra brasileira, que deve ganhar ritmo com a regularização das chuvas nas principais regiões produtoras nas próximas semanas.
Na quinta-feira (30), os contratos de soja em Chicago encerraram o pregão em alta, impulsionados por expectativas de novos volumes de compra chineses. O contrato de novembro subiu 1,04%, fechando a US$ 1.091,50/bushel, enquanto o de janeiro avançou 1,21%, a US$ 1.107,75/bushel.
Entre os derivados, o farelo de soja para dezembro subiu 2,24%, cotado a US$ 315,6/tonelada curta, e o óleo de soja recuou 1,02%, a US$ 49,65/libra-peso.
O movimento ganhou força após o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmar que a China compraria 12 milhões de toneladas de soja até janeiro e 25 milhões nos próximos três anos.
Contudo, analistas como Ben Potter (Farm Progress) e Tommy Grisafi (Ag Bull Marketing) alertam para a necessidade de cautela, diante da ausência de detalhes sobre prazos e volumes concretos. A principal preocupação é a capacidade logística dos EUA de atender rapidamente a esses embarques, além da possibilidade de a China adotar um ritmo gradual de compras, como entre 2018 e 2019.
Apesar do otimismo inicial, o sentimento geral entre os traders segue de espera e verificação. O equilíbrio entre as declarações diplomáticas e a execução efetiva dos contratos comerciais será determinante para definir o rumo das próximas sessões em Chicago e o comportamento do mercado físico no Brasil.
Fonte: Portal do Agronegócio
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