Soja

Goiás lidera produtividade do agronegócio brasileiro com soja rendendo quase 4 toneladas por hectare

Produtividade impulsionada por pesquisa e tecnologia


Publicado em: 27/10/2025 às 11:50hs

Goiás lidera produtividade do agronegócio brasileiro com soja rendendo quase 4 toneladas por hectare

O estado de Goiás se destaca no agronegócio brasileiro, apresentando alta produtividade mesmo com menor área plantada em relação a outros polos agrícolas, como o Rio Grande do Sul. Segundo dados da Conab, a soja na safra 2025/26 deve alcançar 3.982 kg por hectare, enquanto no Rio Grande do Sul a projeção é de 3.129 kg/ha, uma diferença de 27%.

Esse desempenho é resultado direto de investimentos em genética, manejo e inovação tecnológica, especialmente adaptados às condições do Cerrado.

Tecnologias digitais e pesquisa regional impulsionam resultados

Luiz Almeida, diretor de Agronegócio da EEmovel Agro, destaca que o avanço goiano reflete o papel da pesquisa aplicada e da adoção de soluções digitais no campo.

“Estudos específicos para o Cerrado, combinados com monitoramento digital das lavouras, têm gerado resultados consistentes. Observamos aumento da área mapeada nas últimas safras, o que evidencia o amadurecimento da gestão agrícola no estado”, afirma Almeida.

Eficiência se estende a milho e cana

O desempenho superior não se limita à soja. No milho, Goiás apresenta produtividade de 9.942 kg/ha, 49% acima do Rio Grande do Sul. Na cana-de-açúcar, o rendimento goiano chega a 79.442 kg/ha, contra 77.534 kg/ha em São Paulo, diferença de 2%.

Esses resultados refletem o impacto de iniciativas como o Regenera Cerrado, que promove agricultura sustentável, recuperação do solo e técnicas de manejo adaptadas ao bioma, fortalecendo a competitividade do estado mesmo com área plantada menor que a de outros polos produtores.

Pesquisa aplicada como diferencial competitivo

Segundo Almeida, a pesquisa aplicada é o principal diferencial do agronegócio goiano.

“Investir em conhecimento e tecnologia gera produtividade e sustentabilidade. O Cerrado é desafiador, mas funciona como um grande laboratório de inovação, e os números comprovam essa transformação”, conclui o especialista.

Fonte: Portal do Agronegócio

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