Publicado em: 23/09/2025 às 11:15hs
O vazio sanitário da soja em Goiás termina nesta quarta-feira (24). A partir de 25 de setembro de 2025, os produtores estão autorizados a iniciar a semeadura, conforme a Instrução Normativa nº 6/2024 da Agrodefesa. O calendário estabelece que a data limite para o plantio será 2 de janeiro de 2026.
A medida é considerada uma das principais estratégias de prevenção contra a ferrugem asiática da soja, doença que representa uma das maiores ameaças à cultura no Brasil.
O vazio sanitário começou em 27 de junho e se estendeu por 90 dias, período em que não foi permitido manter plantas vivas de soja no campo. Adotada em Goiás desde 2006, a estratégia contribui para reduzir o risco de infecção precoce da ferrugem asiática, garantindo maior segurança para o início do ciclo produtivo.
Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, a adesão dos produtores é fundamental para a sustentabilidade da sojicultura.
“O vazio sanitário garante mais qualidade e produtividade às próximas colheitas, além de reduzir a pressão da ferrugem asiática no estado”, afirmou.
De acordo com o gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Leonardo Macedo, o cumprimento da medida possibilita uma janela de segurança para o cultivo.
“O vazio sanitário diminui a presença do fungo causador da ferrugem entre as safras, reduzindo a necessidade de aplicações antecipadas de fungicidas”, destacou.
Além de respeitar o calendário, os produtores devem realizar o cadastro das áreas de cultivo no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago). O prazo vai até 17 de janeiro de 2026, ou seja, 15 dias após o encerramento da janela oficial de plantio.
No registro, devem constar informações como:
A Agrodefesa também fiscaliza a comercialização de sementes para assegurar a qualidade da germinação e a regularidade da produção.
O coordenador do Programa de Soja da Agrodefesa, Mário Sérgio de Oliveira, reforça que o calendário oficial é resultado de discussões técnicas envolvendo instituições de pesquisa, setor produtivo e órgãos de defesa agropecuária.
“O respeito às datas e o cadastro no Sidago são essenciais para mapear as áreas de cultivo e adotar estratégias mais eficazes contra pragas e doenças”, ressaltou.
Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, a ferrugem asiática é considerada a doença mais agressiva da soja. Sua disseminação ocorre rapidamente pelo vento, e as plantas voluntárias na entressafra servem de hospedeiras para o fungo.
O vazio sanitário tem como objetivo eliminar a ponte verde, reduzindo a presença do inóculo no campo e diminuindo os riscos de infecção precoce nas novas lavouras.
Fonte: Portal do Agronegócio
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