Publicado em: 25/08/2025 às 13:30hs
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a Portaria nº 1.271/2025, definindo as diretrizes para a safra 2025/2026 da soja. Entre os principais pontos estão o vazio sanitário e o calendário de semeadura, medidas estratégicas no combate à ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, que pode gerar perdas de 10% a 90% em regiões com níveis epidêmicos.
O vazio sanitário corresponde a um período mínimo de 90 dias em que o plantio ou manutenção de plantas vivas de soja, cultivadas ou voluntárias, é proibido em áreas de cultivo.
Segundo Hudslon Huben, gerente sênior da ORÍGEO, joint venture entre Bunge e UPL, a medida visa reduzir o inóculo do fungo antes do início da próxima safra, diminuindo o risco de infestação e os custos de controle. A eliminação das plantas é responsabilidade do agricultor, que deve seguir medidas preventivas para não comprometer a produtividade futura.
O calendário de semeadura determina as datas ideais para o plantio, reforçando os efeitos do vazio sanitário. Isso ajuda a evitar a resistência do fungo da ferrugem asiática. A legislação permite plantio fora do calendário apenas em situações específicas, como produção de sementes, pesquisas ou participação em eventos agrícolas autorizados.
MATOPIBAPA:
A ORÍGEO destaca que a agricultura regenerativa pode potencializar os efeitos do vazio sanitário e do calendário de semeadura.
Segundo Igor Borges, head de sustentabilidade da ORÍGEO, ao integrar o controle de pragas e doenças à regeneração do solo, é possível melhorar a saúde do solo, fortalecer a biodiversidade e aumentar a resistência das lavouras a pragas, incluindo a ferrugem asiática.
Borges reforça que diversificar o plantio e adotar práticas regenerativas não apenas atende à legislação, mas também garante que as lavouras estejam mais preparadas para os próximos anos.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias