Publicado em: 10/11/2025 às 18:40hs
O Brasil manteve o ritmo forte de embarques de soja e derivados ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o país exportou 19,6 milhões de toneladas de farelo de soja, volume recorde para o período, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) analisados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
O crescimento é impulsionado por uma demanda aquecida de países fora do eixo tradicional, como Espanha, Dinamarca, Bangladesh e Portugal, além de um mercado interno mais ativo na compra do derivado. Essa combinação evidencia o fortalecimento da soja brasileira tanto no comércio exterior quanto no abastecimento doméstico.
As exportações de soja em grão também mantiveram trajetória de crescimento. No acumulado do ano, o Brasil embarcou 100,6 milhões de toneladas, o que representa alta de 6,7% em relação ao mesmo período de 2024.
A China permanece como o principal destino, com 78,8 milhões de toneladas importadas — o equivalente a quase 80% de toda a soja exportada pelo país. O desempenho reforça a posição do Brasil como o maior fornecedor mundial da oleaginosa e parceiro estratégico do gigante asiático.
Nas lavouras, o retorno das chuvas em várias regiões agrícolas favoreceu o avanço das atividades de campo e contribuiu para a recuperação do solo em áreas que enfrentavam déficit hídrico.
Ainda assim, o ritmo de plantio segue abaixo do esperado. Segundo levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), até 1º de novembro, 47,1% da área estimada para a safra de soja 2025/26 havia sido semeada. O índice é inferior aos 53,3% registrados no mesmo período do ano passado e à média histórica de 54,7% dos últimos cinco anos.
Especialistas apontam que, com o avanço mais consistente das chuvas em novembro, a expectativa é de que o plantio retome o ritmo normal, garantindo boas perspectivas de produtividade e exportações para o próximo ciclo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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