Publicado em: 30/06/2025 às 11:05hs
A Argentina exportou em junho 6,1 milhões de toneladas de soja e seus derivados, como óleo e farelo. O volume representa um aumento de 22% em relação à média dos últimos cinco anos, que é de 5 milhões de toneladas, segundo informou a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) nesta sexta-feira (28).
O avanço nas exportações ocorreu em meio à antecipação de embarques antes do aumento das alíquotas do imposto de exportação, que entrou em vigor em 1º de julho. Conforme reportado pela agência Reuters, nos primeiros 18 dias de junho, as vendas de soja mais que dobraram em comparação com o mesmo período do ano anterior, gerando aproximadamente US$ 4 bilhões em exportações.
O país se mantém como o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja, além de ocupar a terceira posição entre os maiores exportadores de soja em grão.
Em janeiro, o governo do presidente Javier Milei havia promovido uma redução temporária nos tributos sobre exportações de soja e derivados. As alíquotas, que estavam em 26% para a soja e 24,5% para o óleo e o farelo, voltaram aos níveis anteriores no início de julho, passando a 33% para a soja e 31% para os subprodutos.
Com o retorno das alíquotas originais, a BCR destacou que o poder de compra do setor exportador deve cair. Considerando os valores atuais para os embarques de julho, a queda estimada no poder de compra teórico é de 9% para a soja.
Representantes da cadeia exportadora argentina alertaram que o aumento dos impostos pode gerar uma retração na oferta doméstica da oleaginosa, o que deve impactar negativamente as exportações futuras de grão, óleo e farelo. A expectativa agora é acompanhar os efeitos do novo cenário tributário sobre a competitividade da Argentina no mercado global.
Fonte: Portal do Agronegócio
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