Soja

Empresários colherão 38 mil sacas de soja em tempo recorde

Há muito tempo que a soja é vista como oportunidade de negócio promissor


Publicado em: 10/09/2013 às 20:00hs

Empresários colherão 38 mil sacas de soja em tempo recorde

Não é à toa que ela tem a cor amarela, igual a do ouro. Vislumbrando negócio de sucesso, dois empresários do Mato Grosso avistaram em Roraima possibilidades em investir num empreendimento pessoal, pois a logística e o clima eram propícios para a cultura da soja, uma vez que há perspectiva, segundo a Secretaria de Agricultura do Estado, de chegar à produção de quase 12 mil hectares. O resultado poderá ser visto nesta sexta (13), com palestras no auditório do SENAR, e sábado (14), na Abertura Oficial da Colheita da Soja 2013, na Fazenda Mato Grosso, Vila São Silvestre, a 60 km de Boa Vista.

Segundo pesquisas do Ministério da Agricultura, o grão é a cultura que mais cresceu nas últimas três décadas e corresponde a 49% da área plantada no país. Mesmo que dados revelem que a soja melhor se adapta à Região Centro Oeste e Sul do Brasil, o aumento da produtividade está associado aos avanços tecnológicos, ao manejo e eficiência dos produtores.

O plantio, o qual os empresários apostaram, mostra 960 hectares cultivados, divididos em dois núcleos. Um deles na Fazenda Mato Grosso, com 445 hectares (20 mil sacas). O outro, refere-se à propriedade Vista Alegre, com 515 hectares (18 mil sacas). Os empresários compraram as terras em dezembro de 2012, com área bruta de lavrado e com estrutura para bovinocultura. Desse desafio, aplicaram a correção de solo, retirada de vegetação permitida e inúmeros piquetes que demarcavam o pasto rotacionado. E no milagre da multiplicação tecnológica, vão colher 38 mil sacas.

A fazenda Mato Grosso possui 2700 hectares, com Área de Preservação Permanente (APP) e boa estrutura para implementação do empreendedorismo rural, o qual apostam os dois empresários. A safra desse ano já está toda vendida para o mercado europeu. Eles aproveitam outro fator de comercialização também, a safra americana. Os EUA estão passando por dificuldades, como por exemplo, tempo de colheita, geada, falta de chuva, aumento de temperatura, por isso a empresa escolheu a época certa para comercializar o grão.

"A cada R$ 1,00 investido em terra, colocamos R$ 2,00 para produzir. Então o custo em media de tudo: abrir o lavrado, correção de solo e implementar a produção, giram em R$ 2.800,00", disse o empresário Geison Nicaretta, ressaltando ainda, que as dificuldades também existiram, pois sofreram estiagem em uma propriedade e alagamento em outra. Na Fazenda Vista Alegre houve ainda estresses pluviométrico de 24 dias, com 8 milímetro de precipitação que ocasionou perdas de produtividade, além do solo ser mais arenoso.

A primeira avaliação de topografia e de relevo demonstrou áreas alagadiças. Em março e abril de 2013, os equipamentos agrícolas trabalharam e eles resolveram arriscar. Logo após a germinação, houve precipitações da chuva. Mas para não perder a lavoura, os agrônomos usaram a tecnologia. Drenos foram feitos para escoar mais rápido a água.

O empreendimento Mato Grosso é uma sociedade de dois engenheiros agrônomos que tem foco na agropecuária, integração e comércio. Nos primeiros dois anos, tem como meta desenvolver a lavoura e a pecuária. Em seguida esperam desenvolver negócio na área de logística e comércio.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema FAERR/SENAR

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