Publicado em: 19/08/2019 às 11:10hs
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) trabalham em campo negativo da tabela na manhã desta segunda-feira (19). Por volta das 9h07 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam uma quedas em torno de de 7,25 a 6,75 pontos. O contrato setembro/19 era negociado a US$ 8,60/bushel, enquanto o contrato novembro/2019 trabalhava US$ 8,73/bushel.
De acordo com a análise de Bryce Knorr da Farm Futures, os futuros de grãos estão registrando quedas nesta manhã, depois que uma semana de com boas condições climáticas de chuvas no final de semana no leste do Corn Belt, Ohio, Indiana e Illinois.“As cotações da soja está mais baixa depois que uma tentativa de recuperação após um pregão de domingo fraco que se transformou em vendas”, afirma Knorr.
Segundo as informações divulgadas pela a Labhoro, as áreas de Iowa e o Sul de Minnesota ainda precisam de chuvas para os próximos dias. “As previsões para as próximas 36 horas mostram bom potencial de chuvas para os estados do Delta. As chuvas variaram de 12.5 mm a 50 mm o que certamente trará impacto sobre o potencial de produtividade”, informou a Labhoro.
Confira como fechou o mercado na última sexta-feira:
Soja sobe mais de 16% em reais por saca desde maio no porto de Paranguá
Intensificação da guerra comercial trouxe a demanda chinesa a se concentrar ainda mais no mercado brasileiro e contribuiu para o cenário, principalmente quando se trata dos prêmios. Semana se encerra com valores na casa de US$ 1,50/bushel acima de Chicago.
Os preços da soja, em reais, subiram mais de 16% no porto de Paranaguá desde maio. Uma ligeira recuperação do contrato março/20 na Bolsa de Chicago - que opera acima dos US$ 9,00 por bushel - uma dispara do câmbio e um expressivo fortalecimento dos prêmios, especialmente nas últimas semanas.
A intensificação da guerra comercial entte China e Estados Unidos trouxe a demanda chinesa a se concentrar ainda mais no mercado brasileiro e contribuiu para o cenário, principalmente quando se trata dos prêmios. A semana se encerra com valores na casa de US$ 1,50 por bushel sobre os preços da Chicago ofertados pelo produto brasileiro, segundo explica o diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo.
A semana foi extremamente importante para o mercado da soja no Brasil e as vendas contabilizaram, somando os volumes da semana anterior, vendas de mais de 3 milhões de toneladas. Somente nesta semana, os chineses compraram mais de 20 navios da oleaginosa. E assim, a oferta para a conclusão de 2019, quando o assunto é exportação de soja, se mostra cada vez mais ajustada.
Ainda segundo Cogo, não só a demana externa, mas a interna também se mostra muito forte e acirra ainda mais a disputa entre as processadoras nacionais e os importadores. Dessa forma, os preços criam boas oportunidades de venda para os produtores não só na exportação, mas também na indústria.
"Temos uma recuperação dos preços, dos prêmios e das perspectivas para o primeiro semestre do ano que vem já, o que permite com o que o sojicultor comece a nova safra com uma projeção melhor, com mais fôlego. Já são novas contas", diz Cogo.
Apesar disso, as vendas da safra nova não acontecem no mesmo ritmo intenso do que as da safra velha. "E isso é reflexo de uma combinação de fatores entre eles o prêmio futuro ainda baixo, a cotação futura ainda um pouco limitada e, principalmente, a volatilidade do câmbio. Ainda não se sabe o que vai acontecer com o dólar e isso preocupa muito, inclusive já atrasando não só a comercialização, mas também a compra dos insumos", explica.
Fonte: Notícias Agrícolas
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