As primeiras lavouras colhidas estão registrando perdas em função da falta de chuvas durante o mês de dezembro. Em algumas áreas, a quebra pode chegar a 30%. Já no Mato Grosso, o clima foi o principal aliado e tem assegurado uma boa produtividade. Segundo Ronaldo Vendrame, gerente do departamento Agronômico da C.Vale, as chuvas registradas nos últimos dias, ajudaram, mas em algumas regiões não vai anular as perdas de dezembro. “Esperávamos uma média de 58 sacas por hectare e podemos fechar em 50”, estima.

Surpresa - O produtor Ademir Paludo, da região da Linha Santa Fé, em Palotina, foi um dos primeiros produtores da região a colher. Mesmo com uma estiagem de 19 dias, ficou surpreso com o resultado da primeira área colhida. “Em 20 alqueires colhemos uma média de 160 sacas por alqueire. A nossa previsão era de 180”, revela. Nos próximos dias deve colher mais 80 alqueires. A expectativa que a média continue a mesma. Nas áreas colhidas já está plantando o milho safrinha. Já a família Natal, de Campina da Lagoa, começou a colheita nesta semana. Numa área de 170 hectares a previsão de produtividade gira em torno de 55 sacas/ha. Segundo José Natal Alves, que plantou com os filhos Antônio e Irineu 510 hectares de soja, tão longo termine a colheita já vai iniciar o plantio de milho safrinha, que deverá cobrir 60% da área total e o restante ocupará com soja safrinha.

Safra Nacional - Em âmbito nacional, foram plantados 29,49 milhões de hectares (+7%) e esperam-se 91 milhões de toneladas (+11%). Mato Grosso e Paraná tradicionalmente abrem a colheita brasileira de soja. São responsáveis por 45% da área plantada e 48% da produção. A produção tende a ser de 26,5 milhões e 17 milhões de toneladas, respectivamente, com expansão de 10% e 5% sobre a temporada anterior.