Publicado em: 05/12/2025 às 11:10hs
A comercialização da soja continua lenta em diversas regiões do Brasil, marcada pela retenção dos produtores e negociações concentradas em lotes específicos para indústria e exportação, segundo informações da TF Agroeconômica.
No Rio Grande do Sul, os preços no porto para pagamento em novembro, com entrega em dezembro, foram reportados a R$ 143,00 por saca, enquanto no interior, em cidades como Cruz Alta, os valores giraram em torno de R$ 133,00. Em localidades como Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz, as cotações variaram entre R$ 137,00 e R$ 138,00 por saca.
Em Santa Catarina, a comercialização ocorre de forma seletiva, voltada principalmente para a indústria de ração, com preços firmes nas principais praças e leve variação negativa em cooperativas. No porto de São Francisco do Sul, a saca de soja é cotada a R$ 141,26 (+0,90%).
No Paraná, a liquidez permanece moderada, com prêmios consistentes nos embarques imediatos. Em Paranaguá, a soja chegou a R$ 142,50 (+0,54%), enquanto em Cascavel o preço foi de R$ 131,73 (+0,14%) e em Ponta Grossa R$ 133,74 (-0,25%).
Mato Grosso do Sul atravessa uma fase de transição, com o plantio praticamente encerrado e atenção voltada à irregularidade das chuvas. Em Dourados, Campo Grande e Maracaju, a soja foi cotada a R$ 126,80 (+1,45%), enquanto Chapadão do Sul registrou R$ 122,84 (-0,15%).
Em Mato Grosso, com mais de 12 milhões de hectares plantados, a comercialização segue seletiva, observando o desenvolvimento das lavouras e a logística interna. Os preços variam entre R$ 119,21 em Lucas do Rio Verde e Sorriso, até R$ 123,20 em Campo Verde, Primavera do Leste e Rondonópolis.
Os futuros da soja na Bolsa de Chicago registraram movimentação lateralizada na sexta-feira (5), devolvendo os ganhos da sessão anterior. Por volta das 7h25 (horário de Brasília), os contratos para março eram cotados a US$ 11,26 por bushel e para maio a US$ 11,34 por bushel.
O mercado mantém atenção ao clima na América do Sul, que pode comprometer o potencial da safra 2025/26, e à produtividade estimada no Brasil, ainda próxima da média histórica, porém com sinais de fragilidade. Além disso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga seu novo relatório de oferta e demanda na próxima terça-feira (9), cenário que pode influenciar significativamente os preços.
A demanda chinesa também segue sendo monitorada, com compras nos EUA estimadas em cerca de 12 milhões de toneladas, impactando a formação de preços no curto prazo. Questões macroeconômicas e geopolíticas continuam exercendo influência sobre as commodities globalmente.
Na quinta-feira (4), a soja para janeiro em Chicago registrou alta de 0,34%, a 1.119,50 cents por bushel, interrompendo três dias de desvalorização. O contrato para março avançou 0,29%, a 1.128,75 cents. O farelo e o óleo de soja também registraram pequenas elevações, com destaque para o óleo, que subiu 0,35%, a 51,53 cents por libra-peso.
O movimento foi impulsionado pelo primeiro registro oficial de vendas da temporada para a China, totalizando 232 mil toneladas dos 1.249.000 toneladas embarcadas na semana. Esse registro permite ao mercado dimensionar as compras chinesas após o recente acordo comercial.
No entanto, declarações do secretário do Tesouro dos EUA, prevendo a conclusão das compras chinesas apenas no fim de fevereiro de 2026, limitaram parte da alta, estimulando vendas de fundos em várias commodities.
Fonte: Portal do Agronegócio
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