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COCAMAR: Mais de 500 produtores são esperados em Dia de Campo sobre integração

Na safra de verão 2012-2013, colhida no início deste ano, o produtor Gérson Bortoli, de Umuarama, ficou entre os primeiros colocados no Concurso de Produtividade de Soja promovido pela Cocamar Cooperativa Agroindustrial


Publicado em: 19/07/2013 às 09:20hs

COCAMAR: Mais de 500 produtores são esperados em Dia de Campo sobre integração

Mesmo cultivando sua lavoura em solo arenoso do noroeste paranaense – que é um dos principais polos pecuários do Estado - Bortoli conseguiu na área inscrita a média de 4.469 quilos por hectare – o equivalente a 180,24 sacas por alqueire. Na classificação geral, ele ficou à frente até mesmo de produtores de municípios tradicionais em agricultura, como Floresta, na região de Maringá.

Investimento - A façanha de Bortoli se deve ao investimento que o produtor vem fazendo, nos últimos anos, em um programa que tem tudo para transformar o noroeste em uma região de agropecuária ainda mais forte: o sistema de integração lavoura, pecuária e floresta. Com vocação para ser pecuarista, ele diz que nunca imaginou tornar-se, também, um produtor de soja. “Agora, quero me aprimorar na integração e dinamizar cada vez mais a propriedade”, afirma.

Sustentável - A integração lavoura, pecuária e floresta (ILPF), apresentada como um modelo inovador e sustentável para revitalizar as áreas de pastagens degradadas do noroeste, é o tema do Dia de Campo que será promovido nesta sexta-feira (19/07), a partir das 9h, na Unidade de Difusão de Tecnologias (UDT) da Cocamar em Iporã, município a 50km de Umuarama. O evento é organizado pela cooperativa em parceria com o Instituto Emater, Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Secretaria estadual de Agricultura e do Abastecimento (Seab), com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Participação - De acordo com o engenheiro agrônomo Rafael Franciscatti dos Reis, coordenador técnico de ILPF da Cocamar, a previsão é que o Dia de Campo tenha a participação de pelo menos 500 produtores e, entre as autoridades confirmadas, está o secretário de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. A programação começa às 9h com a inscrição dos produtores, sendo que a abertura dos trabalhos é estimada para às 10h, seguida de visita às diversas estações, onde técnicos vão falar sobre os itens que compõem o sistema.

Revolução - O presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, reconhecido como um dos principais defensores da ILPF no País, lembra que a cooperativa é incentivadora desse sistema desde 1997. “A integração representa uma revolução do agronegócio regional, com forte reflexo na economia das cidades”, pontua. Segundo Lourenço, a degradação das pastagens, visível em inúmeros municípios do noroeste, leva a uma situação preocupante, até mesmo de inviabilização das propriedades, dado o baixo retorno econômico com a pecuária mantida nessas condições. A média de ocupação animal, cita Lourenço, chega a ser inferior a uma cabeça por hectare. “A integração chega para mudar tudo isso e gerar riquezas aos produtores e aos municípios”, comenta o presidente da cooperativa, enfatizando que a área cultivada com ILPF vem crescendo na região.

 ‘Não quebra’  - O pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Sérgio José Alves, que lida com o sistema há mais de 20 anos, explica que a integração demanda a incorporação de conhecimentos, tecnologia apropriada e um bom gerenciamento. A base de tudo, cita, é o cultivo de uma espécie de capim africano, a braquiária, que se adaptou muito bem ao solo e ao clima brasileiros. A braquiária é semeada no outono e viceja bem inclusive no inverno, quando a maioria dos pastos sofre escassez.

 Comida de sobra  - “Com a integração, o gado tem comida de sobra mesmo no inverno. Em vez de perder peso, os animais engordam cerca de um quilo por dia”, observa. Na primavera, a braquiária é dessecada para cobrir o solo de palha no verão, o que propicia o cultivo de soja. Além de proteger o solo da erosão e inibir o aparecimento de ervas daninhas, a palha o mantém fresco e úmido por mais tempo após uma chuva, reduzindo o efeito de veranicos mais curtos. “A produção de soja financia a pecuária, que acaba saindo quase de graça. Ou seja: o proprietário passa a faturar com grão e uma atividade pecuária de alta produtividade. Quem faz integração, não quebra”, observa.

 Complementação de renda  - O eucalipto faz a complementação de renda a partir do sétimo ano, com a produção de madeira. Além disso, a floresta plantada serve a um outro objetivo: o sombreamento, que proporciona bem-estar aos animais.

 Serviço  - Dia de Campo sobre Integração Lavoura, Pecuária e Floresta. Data: sexta-feira, dia 19, a partir das 9h, na Unidade de Difusão de Tecnologias da Cocamar em Iporã.

Fonte: Imprensa Cocamar

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