Publicado em: 06/05/2025 às 11:35hs
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) destacou a importância da definição oficial das datas do vazio sanitário e do calendário de semeadura da soja para a safra 2025/2026. As normas, divulgadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), são essenciais para o planejamento dos produtores e para a adoção de medidas fitossanitárias que contribuem para o controle da ferrugem asiática da soja.
As regras foram oficializadas na última segunda-feira (5), por meio da Portaria SDA/MAPA nº 1.271/2025, publicada no Diário Oficial da União. O documento estabelece os períodos em que não é permitida a presença de plantas vivas de soja no campo (vazio sanitário) e os prazos autorizados para a semeadura da cultura em cada estado e região produtora.
De acordo com o assessor técnico da CNA, Tiago Pereira, o vazio sanitário é uma medida fundamental para a prevenção da ferrugem asiática, uma das principais doenças que afetam a cultura da soja no Brasil.
“Essas medidas são importantes para interromper a chamada ponte verde entre as safras, que é justamente o que permite a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática da soja no período de entressafra”, explica.
Durante esse intervalo, é proibida a existência de plantas vivas de soja — mesmo aquelas chamadas "voluntárias" — com o intuito de interromper o ciclo da doença e reduzir sua incidência na próxima safra.
O calendário de semeadura, por sua vez, determina o período permitido para o início e o fim do plantio da soja nas regiões produtoras. Essa definição é essencial para garantir a eficiência do manejo fitossanitário e reduzir a pressão de doenças no campo.
Tiago Pereira ressalta que tanto o calendário do vazio sanitário quanto o da semeadura são elaborados de forma técnica e colaborativa. Participam do processo as Secretarias Estaduais de Agricultura, entidades do setor agropecuário e os órgãos estaduais de defesa sanitária vegetal.
As instituições podem sugerir alterações até 31 de dezembro do ano anterior à safra. Essas propostas devem ser tecnicamente justificadas, levando em conta fatores como:
Após a análise técnica nos estados, as propostas são encaminhadas ao Ministério da Agricultura, que oficializa o calendário por meio de portaria.
“É importante reforçar que o processo é técnico e colaborativo. A participação das Federações e instituições estaduais é fundamental para garantir que os calendários reflitam a realidade produtiva de cada região, sem comprometer a sanidade das lavouras”, conclui Pereira.
As datas completas, com todas as subdivisões regionais e especificações por estado, estão disponíveis na Portaria SDA/MAPA nº 1.271/2025.
Fonte: Portal do Agronegócio
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