Publicado em: 03/11/2025 às 11:25hs
O início da safra 2025/26 de soja no Tocantins está sendo marcado por atrasos devido às chuvas irregulares e altas temperaturas, que têm dificultado o avanço das operações agrícolas em diversas regiões do estado.
Segundo o vice-presidente da Aprosoja Tocantins, engenheiro agrônomo Thiago Facco, a falta de umidade no solo tem interrompido o plantio. “Começamos o mês com algumas chuvas pontuais, permitindo o início do plantio em áreas isoladas, mas logo depois o clima secou. Desde meados de outubro, praticamente todo o estado está parado”, afirmou em entrevista ao portal Notícias Agrícolas.
Facco destacou que algumas regiões ainda não iniciaram o plantio, enquanto outras terão que replantar áreas semeadas no início de outubro. O especialista alerta que as previsões indicam retorno das chuvas apenas a partir de 1º de novembro, o que pode comprometer o calendário agrícola e a janela ideal para a safrinha de milho 2026.
Com menos de 20% da área total de soja semeada, o Tocantins registra um dos começos de safra mais lentos dos últimos anos. Esse atraso impacta diretamente a produção da segunda safra de milho, que depende da colheita antecipada da soja.
“A melhor janela para a safrinha seria agora, em outubro. Como o plantio da soja não avançou, é provável que tenhamos redução de área e produtividade no milho safrinha”, explicou Facco.
Mesmo diante das dificuldades climáticas, o dirigente recomenda que os produtores acompanhem o mercado internacional, especialmente o avanço das negociações entre Estados Unidos e China, que podem impactar os preços da soja.
“É um momento para avaliar custos e, se possível, realizar algum travamento ou venda parcial. O produtor precisa manter a atenção ao cenário de preços, mesmo com as adversidades climáticas”, acrescentou Facco.
Enquanto o clima não se estabiliza, a expectativa do setor é que as chuvas retornem no início de novembro, permitindo retomar o plantio e minimizar prejuízos. Facco destaca a resiliência do produtor tocantinense: “Seguimos com fé e esperança de que as condições melhorem. O produtor vai continuar firme, como sempre fez.”
Fonte: Portal do Agronegócio
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