Soja

Chicago: soja sobe hoje e continua movimento de recuperação

O mercado internacional da soja continua seu movimento de recuperação e opera com ligeira alta na manhã desta sexta-feira (25) na Bolsa de Chicago


Publicado em: 25/04/2014 às 10:10hs

Chicago: soja sobe hoje e continua movimento de recuperação

Por volta das 7h50 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa subiam entre 1,25 e 6,25 pontos nos principais vencimentos. O vencimento julho, o mais negociado, valia US$ 14,76 por bushel.

Neste final de semana, a commodity tenta recuperar o fôlego depois de uma semana de intensa volatilidade no cenário internacional. Os fundamentos ainda são importante fator de suporte para os preços, porém, nos últimos dias, o mercado foi pressionado pela atuação dos fundos de investimentos e pelos boatos a respeito do ritmo da demanda chinesa.

Além disso,já há especulações intensas também sobre o clima nos Estados Unidos e o impacto que começa a ter sobre o início do plantio da nova safra de grãos do país. Por conta do frio intenso, a semeadura do milho já exibe um certo atraso em relação à média dos últimos cinco anos. Até o último domingo (20), 6% da área já estava plantada, contra a média de 14% para esse período.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja fecha com leve alta em dia de recuperação na Bolsa de Chicago

Após três pregões consecutivos de baixas, os futuros da soja conseguiram fechar o dia com uma ligeira recuperação e do lado positivo da tabela nesta quinta-feira (24). Os contratos mais negociados da oleaginosa encerraram com ganhos de 3,50 a 9 pontos e a diferença entre as posições maio e julho ficou ainda menor, com fechamentos de US$ 14,72 e US$ 14,70 por bushel, respectivamente.

O mercado já conhece os fundamentos que têm mantido os preços sustentados, o que acaba limitando o potencial de alta dos preços. Assim, segundo analistas, as cotações precisam, portanto, de novas informações que possam estimular novos avanços. Os estoques de soja dos Estados Unidos são os menores em décadas e a demanda continua bastante aquecida.

De acordo com o boletim de exportações semanais divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), as vendas norte-americanas de soja da safra velha na semana que se encerrou em 17 de abril ficaram em 800 toneladas. Assim, o volume total acumulado na temporada é de 44.609,7 milhões de toneladas, contra a estimativa do departamento de 43 milhões de toneladas para todo o ano comercial.

Apesar desse quadro, o mercado sente o impacto de boatos e especulações sobre o atual ritmo dessa demanda, que estaria sendo reduzido nesse momento em função da a China estar bem abastecida, segundo analistas. Além disso, já há informações de que navios que estariam indo para a China com soja brasileira estariam sendo direcionados para os Estados Unidos, dada a grande necessidade de importação da oleaginosa pelos norte-americanos.

"A China compra hoje dois terços de toda a soja do mundo, está se tornando o maior exportador e consumidor de produtos derivados de soja do mundo e a produção deles é pequena, com menos de uma quarta do que eles precisam. Portanto, eles dependem de importações e o mundo produtor de soja depende das exportações para a China. Assim, qualquer nuance negativa sobre isso faz com que o preço tenha reflexos negativos, que é o que vivemos nos últimos dias, de forma muito moderada", explica Camilo Motter, economista e analista de mercado da Granoeste Corretora, sobre as especulações ao redor da demanda da nação asiática e de informações que chegam diariamente sobre o ritmo dessas importações.

Além disso, movimentos técnicos, acentuados pela forte presença dos fundos de investimento no mercado de commodities, também tem tirado parte do foco do mercado dos fundamentos.

"Como anteriormente essa escassez de soja nos Estados Unidos vinha sendo ameaçada e se precificando, fundos de investimentos e investidores entraram comprando o contrato com vencimento maio ou julho e compraram o novembro. Porém, com as notícias de importação de soja dos EUA no Brasil e com o vencimento do maio, esses fundos estão realizando lucros, ou seja, vende o contrato curto e compra o longo", explica Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest.

Fonte: Notícias Agrícolas

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