Soja

Certificação RTRS impulsiona competitividade e sustentabilidade da AgroHering no Paraná

Fazenda Santo Antônio adota práticas responsáveis e amplia oportunidades de mercado


Publicado em: 19/09/2025 às 14:00hs

Certificação RTRS impulsiona competitividade e sustentabilidade da AgroHering no Paraná

Localizada em Pinhão (PR), próxima a Guarapuava, a Fazenda Santo Antônio, pertencente ao grupo AgroHering, reforçou suas práticas sustentáveis e consolidou oportunidades de comercialização graças à certificação RTRS (Round Table on Responsible Soy).

Com 330 hectares cultivados, a propriedade é gerida por Anton Hering, pelo genro e gerente Guilherme Ducat, e dois colaboradores. Na safra 2024/2025, a produção alcançou 94 sacas de soja por hectare — um recorde — e 5 toneladas por hectare de cevada. Neste ano, a propriedade retomou o plantio de milho, ocupando 118 hectares, um terço da área total.

Segundo Ducat, a produção de soja certificada RTRS atingiu 1.031 toneladas em 280 hectares em 2024. “Toda a produção é entregue à Cooperativa Agrária, que garante preços justos aos cooperados e amplia o acesso a mercados mais exigentes”, destaca.

Sustentabilidade como diferencial competitivo

A adesão à certificação RTRS ocorreu há dois anos, facilitada pelo Programa Agrária de Gestão Rural (PAGR), da Cooperativa Agrária. O selo internacional garante que a produção siga critérios rigorosos ambientais, sociais e econômicos.

“Ter a RTRS é uma forma de comprovar nosso compromisso com a produção responsável e acessar oportunidades mais atrativas de comercialização. As diretrizes nos ajudam a focar em práticas eficientes, evitando desperdícios e preservando nossa terra”, afirma Ducat.

O gerente da propriedade reforça que, mesmo sendo um negócio familiar de porte médio, a certificação fortaleceu os processos de gestão e produção, preparando a Fazenda para desafios futuros e garantindo a sustentabilidade do negócio.

Cooperativa Agrária: referência em agricultura sustentável

Com mais de 70 anos de história, a Cooperativa Agrária nasceu para apoiar famílias suábias refugiadas após a II Guerra Mundial e evoluiu como referência em produção sustentável e gestão cooperativista no Brasil.

Em 2024, a cooperativa contava com 744 cooperados responsáveis por aproximadamente 900 mil toneladas de grãos, incluindo 377 mil toneladas de soja em 87 mil hectares e 328 mil toneladas de milho em 26 mil hectares.

O PAGR apoia os produtores na adoção de boas práticas agrícolas, promovendo capacitação contínua e eficiência operacional. Pelo quarto ano consecutivo, a Agrária recebeu o prêmio “Empresas com Melhor Gestão”, concedido pela Deloitte.

Certificação RTRS amplia mercados e gera ganhos financeiros

Desde 2021, a parceria com a RTRS fortaleceu as práticas sustentáveis, abriu novos mercados nacionais e internacionais e possibilitou a comercialização de créditos de soja sustentável, gerando retorno financeiro direto para os produtores.

Nos últimos dois anos, a cooperativa registrou aumento de 300% nos treinamentos para colaboradores das propriedades certificadas e avançou na gestão de resíduos, com mais de 10 toneladas de resíduos contaminados corretamente descartados em 2024.

Sustentabilidade integrada à rotina e ao futuro do agronegócio

A certificação RTRS transformou a rotina estratégica e operacional da cooperativa, alinhando demandas de mercado com práticas agrícolas viáveis.

“Estar inseridos na rede RTRS significa assumir um papel ativo na transformação do agronegócio, valorizando as pessoas, respeitando o meio ambiente e garantindo a viabilidade econômica das propriedades rurais”, afirma Tatiane Cristina Zabot Anderle, analista de sustentabilidade da Cooperativa Agrária.

Para a Agrária, a certificação consolida seu posicionamento como referência em sustentabilidade e reforça o compromisso com prosperidade para cooperados, famílias e comunidades. “Produtividade e responsabilidade podem caminhar juntas. Ao promover práticas agrícolas conscientes, fortalecemos a credibilidade do setor e contribuímos para uma cadeia de valor mais transparente”, conclui Tatiane.

Fonte: Portal do Agronegócio

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