Publicado em: 18/09/2025 às 13:30hs
O Brasil iniciou o plantio da safra 2025/26 de soja com projeção de 48,8 milhões de hectares, segundo dados da consultoria Safras & Mercado. O número representa um crescimento de 3% em relação ao ciclo anterior, equivalente a um acréscimo de 1,4 milhão de hectares.
A estimativa de produção também foi revista para cima e deve atingir 180,92 milhões de toneladas, alta de 5,3% frente à temporada passada.
Enquanto o Brasil amplia sua área de soja, os Estados Unidos seguem no caminho oposto. A previsão é de redução de 4% na área plantada, que deve somar 33,7 milhões de hectares. Esse movimento amplia a distância estrutural entre os dois maiores produtores mundiais da oleaginosa.
Para Luiz Almeida, diretor de operações da EEmovel Agro, o avanço da soja fortalece a competitividade nacional.
“Estamos atentos a cada detalhe desse crescimento, pois a volatilidade do mercado pode impactar diretamente nossos negócios. O mapeamento das culturas em todo o território nacional nos permite entender a dinâmica de expansão e preparar nossos clientes e parceiros para as oportunidades que surgem com o fortalecimento da soja brasileira”, afirma o executivo.
Estudos apontam que a área dedicada à soja no Brasil pode alcançar 57 milhões de hectares até 2034, com produção projetada em 199 milhões de toneladas. Essa tendência reforça a liderança global do país e amplia sua influência no comércio internacional.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) já reduziu suas projeções de exportação, enquanto Argentina e Ucrânia ganham participação no mercado. A China, maior compradora da soja brasileira, deve seguir aumentando a dependência de fornecedores mais competitivos.
Almeida avalia que o cenário cria condições favoráveis para consolidar o protagonismo brasileiro no setor.
“A desvalorização do real torna nossas exportações mais competitivas, ao mesmo tempo em que a guerra tarifária entre Estados Unidos e China favorece o Brasil. Com a perspectiva de maior oferta nacional, estamos diante de uma oportunidade histórica de ampliar nossa participação global e consolidar de vez o papel do Brasil como protagonista no agronegócio mundial”, conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
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