Publicado em: 05/11/2025 às 18:20hs
A safra de soja 2025/26 no Mercosul deve registrar aumento na produção, apesar de uma leve redução na área cultivada. De acordo com o informativo mensal da Céleres, divulgado em novembro, o bloco deve colher 242,3 milhões de toneladas (MMt) da oleaginosa — volume superior aos 240,4 MMt da safra anterior.
A área total semeada com soja no Mercosul deve apresentar uma queda de 0,4%, o que representa cerca de 300 mil hectares a menos. O recuo é influenciado principalmente pela Argentina, que deve reduzir 1,3 milhão de hectares.
Em contrapartida, o Brasil deve ampliar sua área de cultivo em 1 milhão de hectares, reforçando sua posição de liderança na produção regional e sustentando o crescimento do bloco.
A Céleres aponta que o principal fator para o avanço produtivo é a expectativa de condições climáticas mais favoráveis em comparação às safras anteriores. A produtividade média prevista é de 3,4 toneladas por hectare, podendo chegar a 3,7 t/ha em um cenário otimista.
Com maior oferta e demanda aquecida, as exportações de soja do Mercosul devem aumentar em cerca de 5 milhões de toneladas em relação à safra 2024/25.
O Brasil segue como o principal exportador do bloco, responsável por 84% das vendas externas da oleaginosa.
A relação estoque/consumo no Mercosul deve permanecer estável, passando de 8,5% para 8,7%, o que indica equilíbrio entre oferta e demanda. Apesar disso, o mercado segue pressionado por margens estreitas, especialmente no Brasil, onde os preços da soja dependem fortemente da variação cambial.
O dólar continua sendo o principal ponto de atenção para os produtores brasileiros. Caso haja valorização da moeda local nos próximos meses, o setor pode enfrentar desafios financeiros e operacionais relevantes, afetando diretamente a rentabilidade.
Mesmo diante de possíveis pressões sobre as margens, o setor demonstra capacidade de geração de caixa suficiente para sustentar os investimentos e garantir a continuidade da expansão produtiva. O cenário reforça o protagonismo brasileiro na oferta global de soja e a importância estratégica do Mercosul no mercado internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
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