Soja

Brasil deve exportar volume recorde de soja em 2025/26, com previsão de mais de 112 milhões de toneladas

Redução nas exportações dos EUA e alta oferta nacional impulsionam novo recorde; esmagamento e consumo interno também devem crescer, aponta Conab


Publicado em: 14/10/2025 às 19:00hs

Brasil deve exportar volume recorde de soja em 2025/26, com previsão de mais de 112 milhões de toneladas
Exportações de soja podem ultrapassar 112 milhões de toneladas

O Brasil deverá bater um novo recorde de exportação de soja na safra 2025/26, segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A expectativa é de que o país embarque 112,11 milhões de toneladas, um avanço de 5,5 milhões de toneladas em relação à safra anterior (2024/25).

O crescimento é sustentado pela redução das exportações dos Estados Unidos e pela forte oferta brasileira, estimada em 177,64 milhões de toneladas. Com isso, o Brasil segue consolidando sua posição de maior exportador global da oleaginosa.

Demanda por biodiesel e proteína vegetal impulsiona o esmagamento

Além do bom desempenho nas exportações, a demanda interna também deve crescer, puxada pelo aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel e pelo avanço do consumo de proteína vegetal.

A Conab estima que o volume de soja esmagada alcance 59,56 milhões de toneladas em 2026, representando uma alta de 1,62% sobre o ciclo anterior.

Estoques devem crescer mesmo com demanda aquecida

Mesmo com o forte apetite do mercado externo e o consumo doméstico estimado em 63 milhões de toneladas, a Conab prevê que os estoques finais da safra 2025/26 alcancem 13,4 milhões de toneladas.

De acordo com o relatório, essa elevação dos estoques reflete a combinação entre produção elevada e estabilidade no ritmo de exportações e consumo.

Produção de farelo e óleo de soja também avança

A produção de derivados da soja deve acompanhar o ritmo de expansão da safra. A Conab projeta 45,93 milhões de toneladas de farelo e 11,94 milhões de toneladas de óleo de soja.

No mercado interno, a venda de farelo deve crescer 2,6%, enquanto o consumo de óleo de soja deve registrar alta de 1%, impulsionado tanto pela indústria alimentícia quanto pelo setor de biocombustíveis.

Fonte: Portal do Agronegócio

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