Publicado em: 12/08/2013 às 18:40hs
O cálculo leva em consideração uma produção regional de 40 milhões de toneladas e uma perda de 5 sacas por hectare por causa do fungo. "O prejuízo será dividido entre US$ 1,9 bilhão em perdas diretas e US$ 600 milhões em aplicações extras de defensivos, que já não possuem a mesma eficácia", disse Glauber Silveira, presidente da entidade.
Defensivos - A soja é a principal cultura agrícola para as empresas de defensivos. No ano passado, a receita gerada pela cultura cresceu 23,6%, para US$ 4,56 bilhões, ou 47% das vendas totais. Só a venda de produtos para combater a ferrugem da soja totalizou US$ 1,5 bilhão. Silveira diz que desde o início da safra passada, a Conab reduziu as estimativas para a produção do grão no Centro-Oeste em 1,5 milhão de tonelada.
Colheita - No levantamento que divulgou na semana passada, a Conab estimou a colheita no Centro-Oeste em 38 milhões de toneladas. Em dezembro do ano passado, a Aprosoja já previa perdas de 800 mil toneladas devido ao fungo. Segundo Silveira, os fungicidas disponíveis no mercado já foram usados na safra passada e estão perdendo a eficácia. "A Anvisa não está conseguindo liberar os produtos que o setor precisa com a agilidade necessária. Acho que está na hora de o governo olhar com mais atenção para a agência", afirmou.
Novas tecnologias - Ele diz que existem novas tecnologias para o controle da ferrugem da soja em outros mercados, menos no Brasil. "Aqui eles não estão ao alcance dos produtores brasileiros em função da morosidade e da falta de comprometimento do Ministério da Agricultura na aprovação de novas tecnologias, o que impacta na sustentabilidade da agricultura brasileira e do país como um todo".
Comercialização - Apesar das promessas do Ministério da Agricultura em tentar acelerar a comercialização de novas substâncias, o setor não tem recebido respostas positivas. "Não temos nada de concreto do governo. As datas que já foram prometidas para a aprovação de novos defensivos não foram cumpridas", disse.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA DA OCEPAR/SESCOOP-PR
◄ Leia outras notícias