Publicado em: 10/03/2014 às 20:00hs
A consultoria AgRural revisou novamente para baixo a estimativa sobre a produção brasileira de soja na safra 2013/2014, em fase de colheita. A produção deve alcançar 85,984 milhões de toneladas, em comparação com 87,045 milhões de toneladas da estimativa anterior, de 14 de fevereiro, com área de 29,532 milhões de hectares e produtividade de 48,5 sacas por hectare. A redução é de cerca de 1,2% (perto de 1 milhão de t a menos).
Em relação ao levantamento anterior, houve queda de 0,6 saca por hectare. Conforme a AgRural, a perda foi puxada por redução na produção de Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Rondônia. A produtividade dos demais Estados foi mantida, com exceção do Pará, onde subiu 1 saca.
A colheita da oleaginosa alcançou 49% da área brasileira na sexta-feira passada, com avanço de 10 pontos porcentuais em uma semana. O índice supera os 46% de um ano atrás e os 41% da média de cinco anos, segundo a AgRural.
No Paraná, a produtividade média esperada caiu das 51,7 sacas por hectare calculadas em fevereiro para 50,7 sacas. As reduções ocorreram no sudoeste, sul e Campos Gerais, por causa do impacto do tempo quente e seco em janeiro e primeira metade de fevereiro. Mesmo com a melhora das condições climáticas na segunda metade de fevereiro e início de março, algumas perdas já eram irreversíveis. A colheita está feita em 55% da área do Estado.
Em Santa Catarina, também houve redução de 1 saca por hectare na média do Estado, estimada agora em 51 sacas. "Logo que as colheitadeiras entraram em campo, a expectativa era de que a soja tivesse passado quase incólume pela estiagem. Mas bastou um pequeno avanço da colheita para muitas lavouras decepcionarem", informa a AgRural. A produtividade só não caiu mais porque a regularidade das chuvas na segunda quinzena de fevereiro ajudou. A colheita está em 6%.
Novas chuvas durante a semana passada foram comemoradas por quem estava colhendo soja com apenas 9% de umidade em São Paulo. Mas os paulistas têm pouco a celebrar. A média esperada pela AgRural para o Estado é de 44 sacas por hectare, com queda de 2 sacas em relação a fevereiro. A colheita foi feita em 55% da área.
Minas Gerais também perdeu 2 sacas na comparação com fevereiro e agora tem produtividade estimada em 47 sacas. Áreas que sofreram com a estiagem têm rendido 40 sacas, enquanto lavouras de soja precoce, que tiveram chuvas mais regulares, produzem 53 sacas. A AgRural estima que 45% da área está colhida.
Goiás, que teve problemas com a irregularidade das chuvas ao longo de toda a safra, perdeu mais 2,5 sacas por hectare e agora tem média estimada em 47 sacas. A colheita, que já alcança 77% da área do Estado, está a poucos dias da conclusão no sudoeste, avalia a consultoria.
Em Rondônia, onde a safra estava em excelente forma, o excesso de chuva em fevereiro reduziu a média esperada de 55 para 52 sacas. A colheita alcança a 55%.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO
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