Publicado em: 07/02/2019 às 11:10hs
Nesta segunda-feira (7), as cotações da soja trabalham com leves baixas na Bolsa de Chicago e mantêm sua estabilidade antes do novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta sexta-feira, dia 8.
Perto de 9h (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 1,25 e 2,75 nos principais contratos, com o março/19 cotado a US$ 9,20 e o mario a US$ 9,34 por bushel.
A especulação segue baixa em Chicago, uma vez que novidades ainda não aparecem para colocar "lenha na fogueira" dos preços e agora os traders acreditam que as novidades possam vir desse novo reporte.
"Gestores de fundos estão com o baixo interesse em adicionar novas posições, uma vez que a última atualização de safra do USDA foi há 2 meses. As maiores alterações poderão ser observadas nos núme- ros para o milho estadunidense da safra 2018/19, uma vez que a produção total do cereal já é contabilizada como “superestimadas” pelo mercado.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Soja fecha o dia com leves altas e mercado mantém estabilidade também no BR nesta 4ª
Como começou o dia terminou para o mercado da soja na Bolsa de Chicago. As cotações fecharam o pregão desta quarta-feira (6) com leves altas nos principais vencimentos, depois de operar durante todo o dia com oscilações bem limitadas. Os contratos subiram pouco mais de 1 ponto, com o março/19 valendo US$ 9,21 e o maio/19, US$ 9,35 por bushel.
Como explicou o analista da Novo Rumo Corretora, Mário Mariano, a lateralização do mercado continua e os traders estão agora focados na divulgação do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que acontece nesta sexta-feira (6).
Sem novidades vindas da relação entre China e Estados Unidos, apesar das novas vendas anunciadas nesta quarta de mais de 580 mil toneladas - que já eram esperadas - os traders, ainda de acordo com Mariano, aguardam pelos dados atualizados da produção na América do Sul e dos estoques americanos.
"Se espera uma redução no Brasil, na Argentina e no Paraguai, e já é conhecido pelo mercado que os estoques americanos continuam altos, acima de 20 milhões de toneladas, e não é a venda de 5 milhões de toneladas que vai mudar isso nesse momento", diz o analista.
No contexto da guerra comercial, uma nova delegação dos EUA deve chegar à China na semana que vem para uma mais uma rodada de negociações e o encontro também deverá ter impacto limitado sobre o mercado, uma vez que as reuniões se tornaram frequentes e sem qualquer decisão efetiva sendo anunciada.
Preços no Brasil
Os preços no Brasil encontram grande dificuldade de recuperação, uma vez que os principais fatores de sua formação permanecem negativos, com os prêmios pressionados, a tendência de baixa para o dólar e Chicago ainda caminhando de lado. O que poderia, ao menos no curto prazo, movimentar ligeiramente as cotações seria uma melhora na demanda interna pela oleaginosa.
Mais uma vez, nesta quarta-feira, as variações foram pontuais, e os negócios, mais ainda. Com preços que não atraem os vendedores, as operações ficam escassas, e se limitam ainda mais com os produtores observando suas perdas em razão do clima adverso na medida em que a colheita avança no Brasil.
Nos portos, o destaque ficou para a soja disponível em Paranaguá, onde subiu 1,99%, para fechar com R$ 77,00 por saca, enquanto manteve os R$ 74,80 em Rio Grande. Já para o mês seguinte, foram R$ 76,10 no terminal paranaense e R$ 75,50 para o gaúcho.
Fonte: Notícias Agrícolas
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