Publicado em: 21/01/2014 às 11:15hs
O volume, ainda incipiente dentro do contexto local, vem revelando excelentes médias de produtividade. De todas as regiões produtoras, a oeste segue liderando os trabalhos de colheita de soja e plantio de milho segunda safra, com 11,3% da superfície com o grão extraído e 2,6% de cobertura com o cereal. Apenas no norte mato-grossense não há movimentação de colheitadeiras.
Conforme levantamento divulgado ontem pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o Estado fechou, até o último dia 16, com 52 sacas de rendimento por hectare, resultado considerado muito bom, já que a colheita se dá sobre lavouras de ciclo curto, de 95 a 105 dias de germinação, as chamadas super precoce e precoce, cujo volume é sempre menor em comparação às variedades mais tardias.
Como dizem os produtores, ‘no visual’ as lavouras estão bonitas, se desenvolvem bem, mas as doenças e as pragas de final de ciclo e o próprio clima, é que vão determinar o que será da sojicultura estadual. A colheita deve seguir até o início de abril, com pico a partir da virada deste mês.
Até o momento, nenhuma entidade do segmento reporta problemas de perdas de produção e de produtividade e nem prejuízos decorrente do clima bastante chuvoso ou das ameaças fitossanitárias como a lagarta Helicoverpa e a falsa-medideira ou da ferrugem asiática.
O diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), Nery Ribas, frisa que a superfície colhida não possibilita ainda uma análise dos rumos da nova safra. “Temos muitos problemas com as lagartas, especialmente a falsa-medideira, temos a Helicoverpa presente, ferrugem, percevejos e mosca branca. A pressão é forte, mas com exceção da Helicoverpa, nenhuma outra praga ou doença é novidade no Estado. Todo o controle que vem sendo feito é fruto de vários alertas que emitimos em conjunto com a Comissão de Defesa Sanitária do Estado desde o primeiro trimestre de 2013. Essa mobilização fez o produtor se preparar, buscar ferramentas e o principal, se conscientizar da importância de buscar assistência técnica e monitorar constantemente a lavoura”. Como reforça, “ainda é cedo demais para dizer como a pressão climática e ou fitossanitária vai impactar ou reverberar sobre a nossa soja”.
LEVANTAMENTO – No seu segundo levantamento sobre a evolução da colheita de soja, o Imea destaca que o ritmo atual é 1,44 pontos percentuais (p.p.) acima do observado em igual momento do ano passado, quando os trabalhos revelavam a colheita de 2,8% da área plantada, superfície quase 5% menor em relação à atual.
Em relação ao plantio do milho segunda safra, a semeadura cobre 0,9% da área estimada em 3,24 milhões ha pelo Imea e nessa cultura há atraso de 0,32 p.p. em relação ao ano passado.
Fonte: Diário de Cuiabá
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