Pragas e Doenças

Vazio sanitário da soja se fortalece como estratégia essencial para conter ferrugem asiática e garantir safra 2025/26

Com a nova portaria do MAPA, prática ganha regulamentação nacional e reforça seu papel na produtividade e sustentabilidade das lavouras brasileiras


Publicado em: 15/07/2025 às 08:00hs

Vazio sanitário da soja se fortalece como estratégia essencial para conter ferrugem asiática e garantir safra 2025/26
Vazio sanitário ganha destaque com nova portaria do MAPA

O vazio sanitário da soja, importante ferramenta no controle da ferrugem asiática — uma das doenças mais severas da cultura — passa a ter ainda mais relevância após a publicação da Portaria nº 1.271 do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). A medida estabelece oficialmente os períodos de vazio e o calendário de semeadura em nível nacional para a safra 2025/2026.

Janela sem plantio é parte de estratégia mais ampla

“O vazio sanitário não é apenas uma janela sem plantio. Ele é parte fundamental de uma estratégia ampla que protege toda a cadeia produtiva da soja, garantindo um ponto de partida mais seguro e sustentável para a próxima safra”, afirma Roberto Rodrigues, gerente de marketing da Ourofino Agrociência.

O objetivo principal da medida é reduzir a presença do fungo Phakopsora pachyrhizi no ambiente, causador da ferrugem asiática. A doença pode causar perdas de até 90% da produtividade e se manifesta em qualquer fase da planta, exigindo controle técnico rigoroso. O vazio sanitário é o primeiro passo nesse processo.

Regulamentação nacional e combate à resistência

Atualmente, o vazio sanitário é regulamentado em 22 estados e no Distrito Federal, com um período mínimo de 90 dias sem plantas vivas de soja nas lavouras. As datas variam de acordo com o clima e as características fitossanitárias de cada região.

A medida integra o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), que também estabelece o calendário de semeadura como ação complementar. O objetivo é reduzir a pressão de uso de fungicidas e minimizar o risco de resistência fúngica.

“Essa abordagem integrada entre vazio sanitário, calendário de plantio e uso consciente de defensivos é o que sustenta a produtividade da cultura no longo prazo. É uma responsabilidade compartilhada entre produtores, indústrias, pesquisadores e o poder público”, destaca Rodrigues.

Brasil mantém liderança global na produção de soja

Dados da Conab apontam que o Brasil permanece como maior produtor mundial de soja, com mais de 45 milhões de hectares plantados na última safra. A cultura gera milhares de empregos e é um dos pilares do agronegócio nacional, com destaque para estados como Mato Grosso, Paraná, Goiás, Bahia e Rio Grande do Sul.

Manejo técnico e inteligente após o vazio sanitário

Encerrado o período de vazio, especialistas recomendam a retomada do cultivo com planejamento técnico e uso criterioso de defensivos agrícolas. A aplicação correta de herbicidas, inseticidas e fungicidas é essencial para maximizar a eficiência do controle de pragas e doenças, preservando a saúde da lavoura.

Entre as soluções recomendadas estão:

  • Herbicidas: controle de plantas daninhas e tigueras com destaque para o Terrad'or®, à base de tiafenacil, eficaz inclusive em áreas com resistência.
  • Inseticidas: proteção contra pragas iniciais, como percevejos e lagartas, com o Vivantha®, que alia alta performance e seletividade.
  • Fungicidas: controle preventivo com o Dotte®, novo produto da Ourofino Agrociência, voltado ao combate à ferrugem e manchas foliares, promovendo sanidade e longevidade da lavoura.
Prevenção é a base de uma safra saudável

O vazio sanitário, somado ao uso estratégico de defensivos e ao cumprimento do calendário de plantio, consolida-se como fundamento técnico para o sucesso das lavouras brasileiras de soja. Com regulamentação nacional, a prática contribui para proteger o potencial produtivo da cultura e garantir segurança ao produtor nas próximas safras.

Fonte: Portal do Agronegócio

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