Publicado em: 12/01/2015 às 09:30hs
O cultivo do pêssego na região representa mais de 90% do pêssego destinado à indústria do País. A Anastrepha fraterculus, também conhecida como mosca-das-frutas-sul-americana, ataca quase todas as frutas do Rio Grande do Sul, entre as quais o pêssego, a maçã e a uva. O monitoramento possibilita que o produtor faça sua escolha de manejo. O pesquisador Dori Edson Nava explica que "é possível determinar o índice MAD (Mosca/Armadilha/Dia): se tivermos um MAD inferior a 0,5 (menos de 3 moscas), o agricultor continua a realizar a pulverização com isca-tóxica; se tivermos um MAD superior a 0,5 (mais de 3 moscas), o agricultor faz aplicação por cobertura e continua com aplicação de isca-tóxica". O sistema de alerta também pode ser empregado para monitoramento e controle de outra mosca, a mosca-do-mediterrâneo, Ceratites capitata, que tem aumentado significativamente nos últimos anos. Além disso, a ação procura indicar formas de manejo para controle e cuidado às demais pragas e doenças nos pomares. "No caso da mosca-das-frutas é necessário que se avance com outros métodos de controle como a utilização de controle biológico, insetos estéreis, e se disponha de iscas tóxicas mais atrativas e eficientes", completa Dori.
Todos os produtores devem monitorar os pomares para um controle eficaz, ou o dano será visto apenas na colheita, com a presença de larvas e perda da consistência das frutas. Nesse caso não há mais tempo para reverter o problema. Para capturar as moscas e realizar o monitoramento são utilizadas armadilhas com substâncias que atraem os insetos.
Fonte: Embrapa Clima Temperado
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