Publicado em: 24/11/2025 às 11:55hs
Com o plantio de soja entrando na reta final em todo o país, produtores enfrentam um cenário desafiador, marcado pela irregularidade climática e pela ocorrência antecipada de pragas-chave, especialmente o percevejo-marrom (Euschistus heros). As temperaturas elevadas, a alta pressão atmosférica e as chuvas mal distribuídas criam um ambiente favorável à proliferação da praga e demandam atenção redobrada ao manejo desde o início da safra.
Segundo Kaiê Miranda, gerente de produto da Ourofino Agrociência, esse comportamento antecipado das pragas reforça a necessidade de planejamento técnico mais detalhado.
“A pressão de pragas tem se antecipado ano após ano, e as janelas de clima extremo exigem que o produtor ajuste suas estratégias com ainda mais precisão. A atenção ao manejo desde a implantação da cultura é determinante para proteger o teto produtivo da soja”, destaca Miranda.
Mesmo diante dos desafios, o potencial produtivo da soja brasileira permanece elevado, com estimativas variando entre 165 e 168 milhões de toneladas, conforme análises de mercado. No entanto, regiões do Norte, Nordeste e Sul seguem em estado de alerta, devido à combinação de condições climáticas adversas e pressão crescente de pragas.
Para os especialistas, a adoção de estratégias integradas de manejo é essencial para garantir a estabilidade da produção e minimizar riscos.
A safra 2023/24 registrou uma ocorrência precoce e mais intensa do percevejo-marrom, segundo dados da Embrapa e do Insecticide Resistance Action Committee (IRAC). A praga se mostrou ativa já no início do ciclo da soja, exigindo monitoramento constante e respostas rápidas dos produtores.
Outra espécie que ganhou destaque foi o percevejo-barriga-verde (Diceraeus spp.), impulsionado pela sucessão soja–milho, que favorece a chamada “ponte verde” — ambiente contínuo para o desenvolvimento das pragas.
No Centro-Oeste e Sul do país, o avanço do calor e das estiagens prolongadas tem potencializado ainda mais a pressão populacional dessas espécies, tornando o controle um dos principais desafios para a safra 2026.
Os prejuízos provocados pelo percevejo-marrom vão além da redução no peso dos grãos. A alimentação por sucção causa abortamento de vagens, grãos chochos e manchados, e perda de qualidade comercial, o que pode resultar em redução de até 30% na produtividade.
“O resultado é um aumento dos custos de produção, maior necessidade de aplicações e impacto direto nas margens do produtor”, explica Kaiê Miranda, da Ourofino Agrociência.
Diante desse cenário, a Ourofino Agrociência reforça seu compromisso em “reimaginar a agricultura brasileira”, oferecendo soluções desenvolvidas para o clima tropical e ajustadas às condições específicas das lavouras nacionais.
A empresa destaca a importância de integrar o monitoramento constante, a escolha correta de defensivos, o planejamento de aplicações e o acompanhamento das fases críticas da cultura, como estratégias essenciais para proteger o potencial produtivo da soja e garantir a sustentabilidade da safra 2026.
Fonte: Portal do Agronegócio
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