Publicado em: 04/10/2024 às 07:00hs
A proteção das culturas fundamentais do agronegócio contra pragas como lagartas, mosca-branca e cigarrinha-do-milho, sem causar danos ao meio ambiente, parecia um desafio intransponível até recentemente. Na safra 2023-24, a Openeem Bioscience demonstrou que essa meta é alcançável, consolidando uma nova categoria de mercado para defensivos agrícolas: os produtos de matriz botânica, conhecidos como ‘botanicidas’. Essa inovação é uma descoberta da empresa 100% brasileira.
A Openeem registrou um aumento de 90% nas vendas de seus botanicidas na última safra. Um dos itens de destaque, o inseticida Valente®, foi utilizado em aproximadamente 1 milhão de hectares de lavouras, um resultado considerado excepcional para uma tecnologia ainda recente no mercado, que está em sua segunda safra comercial, especialmente em um contexto em que muitos agricultores são conservadores e hesitam em adotar novas práticas de manejo.
"Tivemos um índice de recompra altíssimo durante a safra 2023-24, evidenciando a adesão consistente a essa nova tecnologia em agroquímicos", destaca Fernando Manzeppi, novo sócio e vice-presidente comercial e de marketing da Openeem, que possui uma vasta experiência em empresas líderes do setor químico, como Nufarm e Sumitomo Chemical. "Nossa meta para a temporada 2024-25 é novamente dobrar as vendas da empresa", acrescenta Manzeppi.
O executivo também observa que, em 2023-24, houve um crescimento na estrutura de distribuição da Openeem, que atualmente abrange mais de 100 pontos de venda em seis estados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná. "Estamos planejando expandir para novas áreas relevantes do agronegócio no ciclo 2024-25, por meio de novas parcerias com grandes distribuidores de insumos estratégicos", adianta.
Além disso, Manzeppi destaca que a safra 2023-24 marcou a reestruturação da equipe técnica de campo da Openeem. "Realizamos investimentos para atender às demandas de acesso por meio de cooperativas, revendas e vendas diretas", comenta. A empresa projeta alcançar R$ 400 milhões em negócios até 2030.
Fundada pela empresária Gabriela Lindemann, a Openeem liderou a descoberta de uma linha de defensivos agrícolas baseada em uma nova classe química, até então desconhecida: os Triterpenos® Bioativados, extraídos de mais de 300 compostos presentes na árvore do ‘nim’, uma planta milenar que a empresa cultiva em uma floresta de 500 hectares no Pará.
Os Triterpenos® Bioativados, que possuem toxicidade zero, são a base do inseticida Valente®, do nematicida Brutus® e do fungicida Bravo®, este último atualmente em fase de registro nos órgãos reguladores para o combate a doenças de diversas culturas. O portfólio de produtos de matriz botânica, que apresenta alta potência agronômica, também inclui a marca Ânima® (bioestimulante). Na safra 2024-25, a Openeem pretende lançar no mercado o condicionador de solo Gênese® e o herbicida Sagaz®, além de um insumo específico para tratamento de sementes.
A linha de defensivos agrícolas da Openeem é caracterizada por aplicações direcionadas a pragas específicas, como o inseticida Valente®, além de sua utilização em sinergia com agroquímicos sintéticos tradicionais e bioinsumos, visando reduzir a resistência dos insetos a produtos químicos utilizados repetidamente.
"A formulação de Valente® permite que o agricultor o aplique isoladamente, de maneira preventiva, antecipando-se a pragas em estágios iniciais. Essa tecnologia é eficaz na interrupção do ciclo reprodutivo de insetos e apresenta longa residualidade frente à cigarrinha-do-milho, percevejos, lagartas da soja e mosca-branca no feijão", explica Leonardo Ferreira, gerente de marketing, que recentemente se juntou à Openeem após uma carreira em grandes empresas de proteção de cultivos, sementes e biotecnologia.
De acordo com Ferreira, a equipe de desenvolvimento da Openeem analisou os resultados de 237 áreas comerciais nas quais foi aplicado o inseticida Valente® nas últimas três safras de soja. "Observamos um controle do complexo de pragas 25% mais eficaz em comparação aos tratamentos padrão", afirma. "Além disso, a produtividade aumentou em média 4,2 sacas por hectare."
No milho, ele acrescenta que a análise de 157 áreas comerciais revelou um controle 30% mais eficaz do complexo de pragas em comparação com o padrão de mercado, com uma redução de 88% nas populações de percevejos, cigarrinhas, lagartas e pulgões, resultando em uma produtividade de 6,4 sacas a mais por hectare.
“Tivemos, em 2023-24, uma das safras mais desafiadoras da história do agronegócio”, afirma Gabriela Lindemann, CEO da Openeem. “Temos muito a celebrar em nosso desempenho, especialmente em relação à movimentação e aos resultados agronômicos dos produtos botanicidas”, conclui. “Consolidamos um modelo de distribuição e conquistamos clientes importantes, incluindo revendas, cooperativas, sementeiras e grandes grupos do agronegócio.”
Fonte: Portal do Agronegócio
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