Pragas e Doenças

Mancha-alvo no algodão exige manejo rigoroso para evitar perdas na safra

Sucessão soja-algodão favorece avanço da doença, que demanda estratégias integradas e uso de fungicidas eficazes


Publicado em: 05/05/2025 às 07:00hs

Mancha-alvo no algodão exige manejo rigoroso para evitar perdas na safra

A mancha-alvo, provocada pelo fungo Corynespora cassiicola, tem se tornado uma preocupação crescente nas lavouras de algodão de Mato Grosso, especialmente nas duas últimas safras. Tradicionalmente, o foco dos cotonicultores esteve na ramulária, mas a expansão da mancha-alvo impõe uma atenção redobrada no manejo fitossanitário, a fim de evitar perdas expressivas na produtividade.

O aumento da incidência da doença está relacionado principalmente à sucessão de culturas entre soja e algodão e à redução da eficiência de controle de alguns produtos comerciais, especialmente as carboxamidas. Este cenário criou condições favoráveis para a maior severidade do patógeno. Com a aproximação do período crítico de controle — entre março e maio —, adotar estratégias eficientes tornou-se prioridade para os produtores.

Segundo especialistas, o avanço da mancha-alvo foi impulsionado pela falta de fungicidas específicos para o algodão e pela predominância de aplicações focadas no controle da ramulária. “Como o cotonicultor tradicionalmente direcionava seu manejo à ramulária, a agressividade da mancha-alvo o surpreendeu nas últimas duas safras. Além disso, a rotação soja-algodão permitiu a sobrevivência do fungo nos restos culturais, aumentando a pressão da doença ano após ano”, explica Marcelo Gimenes, gerente de Fungicidas da ADAMA.

Frente a esse desafio, entidades representativas como a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) uniram esforços para reforçar a necessidade de ajustes no manejo fitossanitário. “O uso de fungicidas adequados, aplicados em momentos estratégicos do ciclo da cultura, é essencial para proteger a produtividade das lavouras. A ADAMA, em parceria com importantes instituições de pesquisa do cerrado brasileiro, como o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e o pesquisador Dr. Rafael Galbieri, tem desenvolvido recomendações específicas para o controle da mancha-alvo no algodão”, destaca Gimenes.

Armero® apresenta resultados comprovados no controle da mancha-alvo

A ADAMA disponibiliza ao mercado o Armero®, produto que combina, em uma formulação exclusiva, dois dos principais ativos para o controle da mancha-alvo. O fungicida tem mostrado alta performance em diversas regiões do cerrado brasileiro, demonstrando residual prolongado e eficácia no manejo da doença.

“Nas últimas safras, Armero® se destacou pela proteção prolongada das folhas e pela contribuição direta no aumento da produtividade das lavouras de algodão”, ressalta Gimenes. O produto é recomendado especialmente nas primeiras aplicações do programa fitossanitário, proporcionando maior sanidade foliar e proteção contra a mancha-alvo.

Circuito Armero® fortalece capacitação no manejo da doença

Com o objetivo de apoiar os cotonicultores no enfrentamento da mancha-alvo, a ADAMA lançará, nos próximos meses, o Circuito Armero® Mancha-Alvo – Etapa Algodão. O evento será realizado em diferentes regiões de Mato Grosso e também em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.

A programação contará com a participação de renomados consultores e pesquisadores regionais, como o IMAmt, Assist Consultoria e Experimentação Agronômica, JF Consultoria e J&A Inteligência Agronômica. Serão apresentadas informações técnicas, práticas de manejo e resultados de campo, com o objetivo de fortalecer as estratégias de controle da doença. As datas e os locais do circuito serão divulgados em breve.

Fonte: Portal do Agronegócio

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